DESALMADA, A DOR DE SER TRAIDO

A DOR DE SER PEDRA

Seus filhos lhe pediram a benção, já era noitinha, eles se foram para suas casas, Adélson deu um tchau da janela para os dois, voltou para a copa e comeu o resto do frango, olhou para cozinha vazia lembrou se da esposa, falou com ela numa muda oração, continuava á amando infinitamente (apesar das traições), ate quando desse o ultimo suspiro selando assim aquele seu jeito de continuar amando á, porque a saudade que sentia de Amanda era uma coisa estranha quanto mais nela pensava mais no peito ela arranhava, Não é arranhar de rabisco que ara a teia da aranha, mas arranhava ate sangrar o seu coração de homem que ama. É a saudade é palavra única que não tem tradução, só traduz a saudade quem já teve amor , chega as vezes ser tão amarga que ate o mel faz cara feia quando a vê, a saudade não tem piedade faz do pobre apaixonado o que bem quer, mas se Amanda voltasse de voltar, com certeza ele choraria de chorar de tão feliz, e se então ficasse de ficar, ele sorriria de sorrir, mas só ele era um homem só. Depois do acontecido justamente com seu compadre padrinho de seu filho Cristiano, trouxera o do interior dera casa e comida ate ele poder se arranjar, mas não quando saia para o trabalho eles se deitavam em sua cama e se lambuzavam de prazer, mas um dia esquecerá a marmita e os flagrou, deu vontade de matar os dois ali, pensou em seus filhos quem os criaria então os expulsou sem roupa porta fora essa fora sua vingança saíram nus pela rua abaixo para que todos vissem quem Amanda era de verdade, nunca mais a viu. Criou os filhos sozinho, mas depois disso passou a ser a pedra perdida no caminho, que rolava pela ladeira que as vezes dormia bêbado no meio fio. Era a pedra desprezada, como pedreiro que era. Ele era uma pedra sem prumo á procura de um esquadro no canto do mundo. Não era rocha apenas uma pedra chutada pelos pés de uma mulher desalmada.