A História de Henri 

II. Transformando-se aos poucos
           
Henri conheceu algumas pessoas no trabalho que adoravam jogos em máquinas eletrônicas (tipo caça níqueis) e sem perceber essa paixão ia crescendo.
            Começou a chegar cada vez mais tarde em casa, alegando serões que raramente existiam.
            Não satisfeito apenas com as diversões entre colegas de trabalho, começou a procurar próximo de casa, lugares onde pudesse jogar.
            Aliado ao jogo começou a beber e esse hábito tornava-se cada vez mais forte.
            As brigas entre ele e a esposa eram cada vez mais constantes.
            O tempo foi passando e cinco anos após, os problemas tornaram-se insustentáveis para Luna.
            Henri não conseguia manter as despesas, pois o dinheiro era para o jogo.
            Viu-se acuado quando um chefe lhe disse que precisava fazer um curso superior para se manter no trabalho.
            Ele não ganhava mal, mas estava pouco interessado em melhorar, pois nesse momento pensava mais no jogo e nas farras com os amigos.
            Uma noite trabalhou até mais tarde e saiu na madrugada com destino a sua casa. Estava com sono, pois conjugar seu trabalho com as farras o tornara exausto.
            O telefone tocou na madrugada, a patrulha rodoviária avisava a uma de suas irmãs que ele sofrera grave acidente e precisavam da presença de alguém da família. O carro subira a mureta da Av. Brasil, e capotara várias vezes. Quem visse o estado do carro diria que seu(s) ocupante(s) morreram na hora.
            Henri, contudo, levara sete pontos no supercílio direito e tinha um grande hematoma no rosto. Fora jogado para fora do carro com o impacto da batida.
            O acidente deveria ajudar a mudar a conduta de Henri, mas ele só piorou.
            Chegava sempre alterado devido à bebida, e além das brigas em família, com o tempo, tornou-se agressivo.
            A mãe de Henri faleceu de um ataque cardíaco fulminante e este fato abalou ainda mais a sua estrutura emocional e entregara-se mais à bebida.
 
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 03/04/2014
Reeditado em 08/09/2016
Código do texto: T4755293
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