rap vendido pro partido

Tive a chance de correr

fugir para bem longe

desta terra desgracenta,

onde o P e T desorienta

testa de ferro pra macetar exigências,

tapando o sol com a peneira da cultura

politicagem burra

te enganam nas urnas,

deveriam chamar demônios os santinhos

compraram com migalhas

os mocinhos.

Sem chance de reação

ou despertar revolta

esquivar da alienação

Enfrentar a burrice

Não vire as costas

Procure respostas

Com panelas nas mãos

Ou coquetel mototov

O homem revoltado

Deve renegar

à realidade que move

o lucro do opressor

através da mais valia

governam o meu estado natal

com tirania

mato grosso do sul

camionetes e sua fazendas garantidas

wiski importado e cocaína da bolívia

Seus métodos

firmam acordos

De venda d’almas

Não tenho medo

Do capeta

Dos que tentam calar a verdade,

O rap sul mato grossense se vendeu

Por pura vaidade

fim de semana trágico

Para quem acreditava

na mudança de realidade,

Procedimento e inteligência

É o que prega

a cultura negra da malandragem

Não precisamos de mano pagando de ladrão

Se vendendo pra politicagem

precisamos de lideres para a revolução

de você do irmão

dos que não suportam mais a opressão

chega de discurso duplo

de lavagem cerebral

persuasão

levanta da cadeira e luta

vai na casa do seu vizinho

e propõe uma solução

junta com o vizinho do lado

com a quadra já será um mutirão

passe pra frente a mensagem

de que nada pode derrubar a união

juntos somos sólidos

elos inquebraveis

Rap é compromisso

não confunda com bandidagem.

Bandido de verdade é político

Daquele vermelho partido

Cor da bandeira na cara

Do governador refletido

rubro por mais um porre de wisk

Ao som do baixo do pedro ortario

minorias burguesas são privilegiadas

dançam um olho de gato

Que observa tudo pela fresta

No casario do porto

Um puteiril faz festa

Regada a coca boliviana

Entupindo as narinas

desta estrela desonesta.

Marco Cardoso
Enviado por Marco Cardoso em 06/09/2005
Código do texto: T48005