FINAL DE SEMANA

19 horas. Sábado. Estamos saindo da igreja. Felizes e com as almas lavadas. Alma lavada mesmo, porque a missa foi tão boa que ficamos emocionados. Eu e o Ge soltamos as vozes nas canções. Foi muito bom!

Vamos ao aniversário do D., primo do Ge que mora próximo a nossa casa. Toca o celular. Ge atende sem parar o carro. É minha cunhada Enilda querendo dicas de barzinho com música ao vivo. Ge indica o bar e combina que nos encontraremos lá em 1 hora. Acho que esse telefonema foi abençoado! Estávamos esperando por essa oportunidade de encontrar a família, bater papo, nos divertirmos, já faz algum tempo.

Chegamos à casa do primo do Ge, mas ficamos pouco tempo. Apenas cumprimentamos o aniversariante, fizemos uma horinha por ali e corremos para o bar. Estávamos ansiosos para encontrar meu irmão, cunhada e sobrinho.

Fomos ao bar Toda Hora. Cerveja gelada... Música ao vivo... Músicas das antigas... Voltamos ao passado, recordando nossa adolescência.

Cunhada Enilda, com seu novo corte de cabelo e macacão tomara-que-caia preto e branco (também novo), cantou, sacudiu os ombros, levantou os indicadores, estava feliz; parecia que havia bebido cerveja, mas ela estava apenas tomando refrigerante!!!!

Se ela estava feliz, imagina eu!!!!

Meu irmão Flávio, que é sempre quieto, estava falante e alegre! Contamos também com a presença do meu sobrinho Douglas, o qual nos apresentou sua nova namorada. Douglas também não bebeu cerveja, pois estava tomando remédios, por causa de uma provável dengue. Estava fazendo os exames solicitados pelo médico e não quis abusar.

Todos na mesa cantamos e nos divertimos. Foi uma excelente reunião familiar!

Depois de muita cantoria, decidimos fazer um lanche numa pizzaria próxima do bar. Estava lotada, mas a cerveja gelada, a pizza deliciosa e o ambiente agradável da nossa mesa não deixaram o mau humor chegar, mesmo com a demora da segunda pizza!

Combinamos almoçar um churrasco na casa do mano Flávio no domingo.

Domingo levantamos cedinho, como sempre fazemos. Tomamos chimarrão, lanchamos e fui para o computador esperar chegar às 10 horas, que era o horário combinado para o churrasco, mas às 9 horas o Ge já queria ir! Cedinho ele comprou a carne e refrigerante (já havíamos bebido bastante cerveja na véspera)! Estava muito ansioso. Parecia uma criança. Não posso negar que eu também estava “louca” para ir. Então fomos!

Não me arrependi de ter ido cedo, porque estava tudo muito gostoso.

Ao chegarmos, mano Flávio tinha acabado de passar café; Douglas e Enilda estavam acordando. Fomos à área de lazer porque o Flávio já iria aprontar as carnes nos espetos.

Quando acordaram, após os cumprimentos normais, dei à Enilda um jogo de paninhos estampados com frutas, coloridos, para enfeitar a cozinha dela. Havia comprado o pano na cidade de Pedro Juan Caballero-PY no feriado de carnaval quando lá estive. Cortei os paninhos e fiz bainha. Disse-me que vai fazer bicos de crochê ao redor de cada pano. Fiquei feliz porque gostou de minha lembrancinha.

Enquanto o “churras” estava assando, Flávio perguntou se eu queria tomar chimarrão e rapidamente a Enilda já o preparou para mim. Douglas ligou o videocassete e assistimos um DVD muito engraçado do Guri de Uruguaiana. Soltei o riso... Deixei correr frouxo... Na verdade, dei muuuuuuuuuuuitas gargalhadas! Estava muito divertido!

Minha sobrinha Cíntia e seu marido Carlos chegaram mais tarde, um pouco antes do almoço, na hora do tira-gosto: coraçãozinho de frango e linguiça.

Enilda preparou arroz branco, mandioca e uma salada MA-RA-VI-LHO-SA: rúcula, azeitonas verdes, pepinos em conserva. Pelo menos acho que era isso que continha a salada; porque só vi de longe; não quis me servir porque não gosto de rúcula (Ah se fosse almeirão!). Nada falei para minha cunhada porque a salada estava tão bonita e todos comiam com tanto gosto, que tenho certeza de que estava deliciosa!

Após o almoço, Enilda foi lavar as louças. Ajudei a retirar a mesa e a terminar de limpar a cozinha. Ficamos apenas os dois casais: eu/Ge e Flávio/Enilda, batendo papo ao redor da mesa, enquanto os outros dois casais: Douglas/namorada e Cíntia/Carlos foram para a sala de televisão.

Aí bateu aquela preguiçazinha pós-almoço e fomos embora.

Sabe qual foi nosso comentário dentro do carro ao retornarmos para casa?

- Estava muito bom! Não é, nega? Ambiente tranquilo... Gostoso...

- Sim amor! Estava excelente! Fazia muito tempo que não passávamos um final de semana tão bom assim!

OBRIGADA MANO, ENILDA, DOUGLAS E CÍNTIA!

ESPERAMOS PODER RETRIBUIR A HOSPITALIDADE EM BREVE!

Simone Possas Fontana

(escritora gaúcha de Rio Grande-RS, membro correspondente da

Academia Riograndina de Letras, autora dos romances

MOSAICO e A MULHER QUE RI)

Nota da Autora:

- Conto escrito em março/2010

- Publicado no livro MOSAICO (Editora Gibim, 2011)

- Publicado no blog: simonepossasfontana.wordpress.com.br