COMO ESTÃO SUAS MÃOS?

A condição de assepsia das mãos das pessoas sempre foi motivo de preocupação de muitos, sobretudo no que respeita às questões de saúde pública.

Ao entrarmos em um hospital e ao deixá-lo, por exemplo, é primordial que não nos esqueçamos de lavar as mãos.

Lavar as mãos ao chegar, evita que transmitamos vírus e bactérias ao enfermo. Lavá-las ao sair, por outro lado, evita que transportemos vírus e bactérias do ambiente hospitalar para o meio externo.

Com o advento da gripe H1N1, também conhecida por gripe Influenza A, a preocupação com a higiene frequente das mãos está ainda mais evidente e campanhas têm sido feitas no sentido de que as pessoas lavem frequentemente as mãos. Uma recomendação é que ao tossir o façamos no cotovelo e nunca nas mãos.

A melhor prevenção é partirmos sempre do princípio que, em função das nossas muitas atividades, quaisquer que sejam e com os constantes contatos com pessoas e coisas, as nossas mãos sempre estão sujas e assim lavá-las rotineiramente.

Certo dia, estando prestando serviços de pintura na casa de uma senhora, eu necessitava que o portão social fosse aberto para que eu saísse. Como o acionador eletrônico da fechadura fica dentro de casa e eu me encontrava do lado de fora, precisei solicitar à proprietária que o acionasse para mim. Porém, ao fazê-lo, cometi um deslize de certa forma constrangedor. Sabendo estar a dona de casa cuidando de seus afazeres na cozinha, fiz a seguinte pergunta a ela: Dona Ilma, a senhora está com as mãos sujas?

Sabiamente ela me respondeu: ── Não, minhas mãos não estão sujas, elas estão com tempero.

O fato é que ela estava preparando um frango para o almoço e cautelosa como é, tenho a certeza de que lavara cuidadosamente as mãos para manipular os alimentos.

Percebendo a garfe, pedi desculpas a ela pelo descabido da minha pergunta.

Na verdade a indagação correta deveria ser: Dona Ilma, senhora está com as mãos desocupadas para abrir o portão para mim? Ou simplesmente eu poderia perguntar: Dona Ilma, a senhora pode abrir o portão para mim?

Por não ter usado adequadamente as palavras me vi em situação embaraçosa perante aquela senhora, embora ela não tenha dado maior importância ao fato.

É evidente que a informalidade não exige os mesmos cuidados de um ambiente formal, no qual se encontram pessoas com as quais temos pouco convívio. Mas, como diz o dito popular “prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”.

Doravante serei mais cauteloso e procurarei melhor diferenciar mãos limpas, mãos sujas e mãos desocupadas.

É, vivendo e aprendendo!

Rafael Arcângelo
Enviado por Rafael Arcângelo em 28/12/2014
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