O MENINO E O CAMUNDONGO

“Não”, gritou o menino, já pulando no poço. Sabia que morreria, mas não poderia viver se não tentasse salvar o seu amigo inseparável, aquele pequeno camundongo que todos diziam ser nojento. Mas para ele não. Era só um grande amigo. Falava com ele, o aconselhava. Sabia que mesmo ele tendo o conhecido como um bebê ratinho, agora ele já era um homem respeitado. Ou melhor, um rato, quer dizer um rato adulto. Tipo um homem mesmo, daqueles que usam gravata e chapéu. Mesmo que não usasse era assim que Tonico via seu ratinho, um homem adulto que usava gravata e chapéu. Agora no poço. Poderia estar se afogando. Precisando da ajuda dele e com certeza ele não iria abandonar seu amigo do peito. E foi assim que o menino pulou no poço. Com ideias de herói e não de suicídio como analisaram as pessoas.

Raquel Delvaje

Raquel Delvaje
Enviado por Raquel Delvaje em 27/05/2015
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