A MANHÃ MULTIPLICADA

Difícil aquela manhã que se multiplicava e celebrava uma

ausência. Por um instante, divagava. O poder do amor. As

promessas do próximo fim de semana. O destino. A fé. O fu-

turo. O futuro?

"O futuro está morto na esquina

Nada de gestos

Nada de sons

Nada de palavras

Nada de imagens

Nada que instrua

Nada que edifique

A esperança, antiga palavra de ordem,

Está morta nas manchetes dos jornais

A vida segue plantando

A mesma necessidade

No campo e na cidade

E um simples slogan nada resolve

Droga!"

A vida se desenrolava e ele percebeu que ainda faltava

muitas respostas. Levantou-se do chão e olhou a paisagem

da rua, de onde esperava todas as respostas que faltavam.

JOAQUIM RICARDO
Enviado por JOAQUIM RICARDO em 25/06/2007
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