O Lobo e a Ovelha.

O último desejo daquele homem era ver o filho crescer, mas ele não teve tempo para isso, seu direito a vida foi tirado sem ao menos ser julgado, um inocente condenado por um sociopata mirim.

Renato agora não sonha mais, encontra-se banhado em seu próprio sangue fruto de um corte hemorrágico e profundo que dilacerou seu fígado e sua vida.

O autor desta pequena tragédia é Wuedson, um garoto de 15 anos, ele nunca se importou com a sociedade, pois ela nunca se importou com ele, não conheceu carinho e tão pouco o amor.

O pai estava preso e a mãe usuária de drogas, Wuedson não tem esperança, não tem arrependimento, matou e mataria novamente se preciso, pois sua existência foi pautada apenas no ódio, ódio por não ter uma mãe presente, ódio por não ter uma família, ódio por não se sentir gente.

Do outro lado da história temos Renato, um cidadão honesto, de bem e que sempre procurou ajudar o mundo, deixa um filho que amou mesmo antes de nascer, Renato nem sempre foi assim, quando criança cometia pequenos delitos, mas mudou sua vida quando foi repreendido, punido, não aprendeu através do amor, mas pela dor.

Wuédson teve uma infância dura, difícil, em sua experiência humana não há nada que o impeça de cometer crimes, pois não teve formação moral fruto de uma convivência familiar, e sabe que a lei o protege e não irá puni-lo da forma como deveria, para ele o crime compensa e muito.

O fato é que diariamente outros Renatos são assassinados por outros Wuédsons, e nada acontece, até quando a nossa sociedade poupará o lobo e sacrificará a ovelha?