Um segundinho

Domingo, 17 de janeiro de 2016, 22:11

Primeiramente Olá,

Estamos não só narrando e escutando um pequeno fato cotidiano completamente comum, mas, estamos também, agora neste momento, que é diferente para você e para mim, vivendo e literalmente vivendo, juntos essa cena.

Nossa visão se dá a partir de um ponto da escada, nos últimos degraus dela. Está escuro atrás de nós, na frente podemos ver o meio de um corredor e nada além disso. Na direita existe um clarão, uma luz está acesa.

Repentinamente, surge a figura de uma garota com poucas roupas, fato curioso vindo de sua pessoa tida por muitos de sensata e zelosa. Essas poucas roupas não são sensuais nem nada do tipo, só restos de pijamas calorentos, um dali e um daqui, formando o estranho visual.

Ela corre com os braços em volta de si. Como num abraço solitário, ela tenta aquecer o corpo frio, mal coberto. A corrida é desesperada, feita com as pálpebras fechadas, fechadas de pouco calor. Parecem correr para ele, bem longe do gelo.

Este acontecimento, descrito aqui detalhadamente ou quase isso, acontece em segundos, frações desses. Tão repentino que você mal percebeu. De um jeito que lhe faria duvidar sua veracidade minutos depois. Mas foram reais, como a moeda de mesmo nome.

LizaBennet
Enviado por LizaBennet em 07/03/2016
Código do texto: T5566521
Classificação de conteúdo: seguro