Um segundinho a mais

Sábado, 6 de Fevereiro de 2016, 00:00

Bom dia!

Estamos juntos em mais uma cena, obviamente outra vez em tempos distintos entre nós, porém vivendo o mesmíssimo momento.

A noite acaba de virar, um novo belo dia surge podendo ou não ser histórico, mudando, criando ou destruindo o destino de pessoas inúmeras. Tão incontáveis quanto as presentes por toda nossa árvore genealógica, sua e minha, querido leitor.

Bate 00h00min. Hora ansiada pelas crianças que por não lhe verem muito nos relógios, acham graça num horário assim, tão indefinível e incerto. Somente recheado de zeros, zeros sem valor nenhum, tristemente nulos.

Estamos num quarto, nem pequeno nem grande que abriga uma cama, que abriga uma garota, que abriga um coração. O tempo ali dentro não se inclina ao frio nem ao quente exacerbado, mesmo assim ela tem sobre si um grosso cobertor. Dorme.

Um sono profundo assola seu corpo, daqueles que dão inveja aos exaustos caminhoneiros ou aos sofredores da insônia. Ela não percebe os ruídos emitidos constantemente pelo cão da vizinha nem o leve ronco daqueles que descansam no quarto ao lado, muito menos os sons frenéticos do tráfego de carros nas redondezas.

Também não pode ouvir ou perceber quando seu telefone celular emitiu um curto som, uma rápida piscada de tela, exibindo um pouquinho de luz, exibindo uma notificação, exibindo uma mensagem.

Uma mensagem.

LizaBennet
Enviado por LizaBennet em 19/04/2016
Reeditado em 05/06/2016
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