Uns minutinhos

Boa Noite!

Voltamos, obviamente como podes ler.

Pela primeira vez, nos encontramos num ambiente claro, iluminado. Iluminação esta vinda de lâmpadas, portanto artificial. E não poderia ser diferente quando abrimos esse texto com a saudação: “Boa Noite!”.

Naquele mesmo quarto pequeno, uma mulher, moça, menina e isso depende do grau de intimidade ou conhecimento que se tem a seu respeito. Permanecia imóvel, sentada numa cadeira. Na verdade só movia os dedos das mãos sob o teclado do computador portátil, que naquele momento fazia papel de PC de mesa, ignorando suas funções revolucionárias.

Ela tentava criar algo digno de verdade, interessante e curioso. Para não sei quem e não sei onde. Procurando manter a chama da criatividade fervendo em seu interior e na ponta de seus dedos, que sem descanso apertavam as letras, formando palavras, frases e parágrafos inteiros.

Também a poesia, ela buscava constantemente em seu oficio. Que sem o menor resquício de percepção da hora e momento vinha, chegava e inundava todo aquele conjunto de palavras, frases e parágrafos. Assim como também aquele doce momento solitário, calmo. Gelado com a ilustre presença da janela com os vidros abertos, ao seu lado.

Dando passe livre ao vento gelado do começo da estação não chuvosa, que atormentavam seus pés nus, friorentos. E ao mesmo tempo quente, dentro daquela alegria de conquistar o feito de expor nas palavras os pensamentos, os sentimentos, quem sabe a tal da poesia.

Puxa...Mas o destino é fatal, existem coisas que fogem do controle, Deus assim o fez e glórias a ele por isso. O tempo passava, corria como quem está prestes a perder o último ônibus que o levará em tempo de chegar a tempo para determinado evento imprescindível. Nesta parte de sua vida, a menina precisava dele, deste que corria sem hora de voltar, que só ia, ia longe.

E por conta disso, desligou a máquina, foi fazer outras coisas mais importantes. Deixando-nos curiosos, atentos às próximas cenas, capítulos, tanto daquilo que escrevia, quanto do vivia. Pois nós tínhamos visto tão pouco...

LizaBennet
Enviado por LizaBennet em 11/05/2016
Reeditado em 12/05/2016
Código do texto: T5632783
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