Wina

WINA

Francilangela Clarindo

1ª Edição 2013

WINA

Francilangela Clarindo

WINA

Ao meu amado Deus toda honra, glória e poder.

SUMÁRIO

Apresentação......................................................11

Capítulo Um – Wina...........................................13

Capítulo Dois – Casa .......................................15

Capítulo Três – Sonhos.......................................21

Capítulo Quatro – Amor.......................................25

Capítulo Cinco – Dor ......................................29

Capítulo Seis – Filhos......................................33

Capítulo Sete – Amigos..................................

Capítulo Oito – Lar.........................................

Capítulo Nove – Vida.....................................

Capítulo Dez – Realidade...............................

APRESENTAÇÃO

Escrever é algo mágico. Escrevendo sinto-

me no céu, na terra, no ar, e em todos ao mesmo

tempo. Posso ser quem sou, posso ser diferente.

Enfim, sendo eu mesma ou outra pessoa, amo

Observar é interessante. Observando vejo

o que faço em minha vida e também o que não

devo fazer, já que alguém fez e eu não gostei

muito do resultado. A observação dos fatos, das

pessoas, do mundo me torna mais pé no chão.

Assim, escrevendo e observando fui

compondo o que agora tens nas mãos para ler.

Fruto de observações cotidianas do universo.

CAPÍTULO UM

WINA

Não sei até que ponto as pessoas são capazes

de amar. Sei que amei muito e continuo amando. Acredito

nas pessoas, nas coisas naturais, nas boas ações, isto tudo

porque, principalmente, acredito em Deus, meu tudo.

Apesar de ter o bem como meta, sei que o mal

existe. Sei que as pessoas podem ser más, que fazem você

sofrer e que até transformam sua vida num não sei o quê.

Sou fruto do bem e do mal. Escolho a um e

outro no dia a dia, convivo internamente com estas duas

forças, mas prefiro que o bem prevaleça. Nem sempre

consigo. Sou Wina e estarei com você por algum tempo.

CAPÍTULO DOIS

CASA

Passei algum tempo de minha vida

desejando uma casa. Seria bela. Com móveis

maravilhosos. Uma beleza de se ver. Uma beleza

para se visitar. Minha casa. Meu lar. Minha vida.

Sonhava com uma geladeira cheias de

sucos e coisas gostosas. Haveria sempre docinhos

para as visitas em uma bela bomboniere de cristal.

Minhas visitas seriam rainhas em meu

lar. Bem tratadas, vinham sempre e eram bem-

Tudo isto sonhei. Tudo isto fiquei horas a

fio de minha existência a arquitetar. Tão bom!

Mas quem disse que a vida é o que

sonhamos? A vida é o que temos para viver.

Hoje tenho uma casa. Meu lar. Minha

vida. Não moro sozinha. Outros moram comigo. E

cada um tem seu jeito, suas coisas, sua forma de

ser. E temos que nos adaptar com as

individualidades. Desta forma, como receber bem

as visitas? Elas chegam e já não podem ser rainhas

como em meus sonhos. Há outros reis que

ordenam mais que elas. São especiais, mas já não

posso dá a elas o tratamento merecido, o tempo

necessário e a atenção exclusiva.

A bomboniere? Nem a peça de cristal e

muito menos bombons que fiquem por mais de

Os sucos? Da mesma forma que os

bombons se vão rapidamente.

Mas a vida não se trata simplesmente de

docinhos e visitas. A vida é a vida que temos.

Hoje sei que meus sonhos foram e são

importantes. Mas que também minha realidade,

apesar de diferente dos sonhos, não é ruim.

Amo minha casa e as pessoas que

moram comigo. Isto se chama família e viver em

comunidade requer muitas renúncias, mas que são

boas. Pelo bem comum e alegria de todos.

E, sonhos à parte, cada um respeita o

outro em sua individualidade dentro de certos

limites. Também é muito bom respeitar o outro e

aprender a conviver em harmonia.

Engraçado que sempre sonhamos que ao

termos uma casa ela será nossa e com aspectos de

nosso jeito de ser. Ledo engano.

Nossa casa será o lar de quem vive nela.

E quando a temos nos damos conta de

que somos também felizes dentro da infelicidade

de termos nossos sonhos frustrados.

Vai entender a vida, as pessoas e nós

mesmos. Não, não dá.

O que é possível de fazer é ir vivendo

para ver no que vai dá.

CAPÍTULO TRÊS

SONHOS

Acabei de falar sobre eles. Mas em relação

à casa e não puramente como ideias.

Sonhos são justamente isto: ideias. São

estabelecidos no campo das ideias, nele

permanecendo até o dia em que se materializam

Mas nem todos os sonhos são para

materializar-se. Muitos precisam justamente

apenas ser sonhados. É justamente aí que reside a

graça e beleza deles. Sonhamos para nunca

concretizarmos. O sonho já é o sonho.

Outros já almejamos e um dia alcançamos.

Como é maravilhosa a sensação provocada pela

realização de um sonho. A satisfação é tanta que

não cabemos em nós mesmos de tanta alegria.

Mas logo, logo o frenesi acaba e nos damos

conta de que temos outros sonhos para sonhar,

para realizar, para contemplar.

Acredito ainda que sonhamos para outros.

Desejamos ardentemente algo para alguém.

Imaginamos, passamos horas planejando, muitas

vezes nos vemos realizando ações que visam a

concretização do sonho alheio.

Mas muitas vezes não nos damos conta de

que o outro também tem seus próprios sonhos e,

portanto, não pode viver os nossos para ele.

E ainda por cima temos a displicência de

sonharmos para alguém e esquecermo-nos de

avisar, de contar o que passamos uma vida

Não é de admirar quando alguém não

corresponde ao item tão sonhado e almejado. Na

realidade nunca pertenceu à outra pessoa, mas a

De certa forma esta é uma maneira injusta

de sonhar. Sonhamos pelo outro e ainda

reclamamos porque ele não quis compartilhar.

Sinceramente falando, é melhor deixar que

cada um sonhe a seu modo, que realize ou não,

mas que tenha pelo menos o direito de sonhar

suas próprias coisas, fazer as escolhas que melhor

lhe convier, de acordo com experiências, vivências,

aprendizagens, aptidões e necessidades.

Viver o sonho do outro ainda tem mais um

agravante: não viver o próprio sonho.

CAPÍTULO QUATRO

AMOR

O amor bate à parte não sabemos quando

e nem onde. É interessante que nem mesmo

sabemos se é ele que chegou. Simplesmente

vamos vivendo e assimilando os acontecimentos.

Mas, sendo ou não o amor verdadeiro,

tendenciamos a nos entregarmos de corpo e alma

ao sentimento. É bom, até quando sofremos. Vem

bem me dizer que não foi bom ficar com aquela

raivinha do namorado quando não veio por um

motivo ou outro e o encontrar no outro dia, com

saudades e abraçar de um jeito, como se nunca o

tivesse feito. É bom, muito bom.

O certo é que desconhecemos muito sobre

o amor, que cura e maltrata, que alegra e

entristece, que faz nascer e morrer.

Na verdade, a essência do amor é amar.

Sim, amar. Não ficar feliz, não ter o outro a nossos

pés, não fazer sofrer, mas amar, pura e

simplesmente. Amar com todo o coração, sem

nada querer em troca.

Mas, como confundimos nossos

sentimentos, trocamos amor por ciúmes,

possessão, desejo, paixão, medo, doação, pena e

uma infinidade de sentimentos que pedem

retorno. E, quando não o temos, sofremos,

ficamos com raiva, arrancamos qualquer coisa

para suprir nossa carência, queremos levar algo

em troca do tempo dedicado ao outro ser, ao

outro sentimento que confundimos com amor.

Se amamos verdadeiramente, vamos

querer que o outro fique feliz, isto nos bastará.

Não faremos exigências mirabolantes, não

desejaremos presentes baratos ou caros, não

pediremos atenção, não nos esforçaremos para

sermos amados, correspondidos. O simples fato de

amar já será o retorno merecido. Sem manobras.

Assim sendo muitos passam toda uma

existência sem amar, sem conhecer este

sentimento puro e verdadeiro que o amor sente

falta, que permite a um ser ser completado, ser

extrapolado, ser continuado, ser maravilhado.

Talvez você só perceba que amou após ter

passado o tempo, ou nunca note que alguém o

amou verdadeiramente, mas, se chegares a ter

esta experiência, saberás do que estou falando.

Capítulo 5

Dor

A dor provoca um grito profundo na alma,

tanto a física, quanto a moral e emocional. Todas,

doem muito e produzem feridas, marcas

profundas, muitas vezes nunca superadas.

Um dia, no hospital, estava sentindo-me

mal, tomando soro, muito alheia aos outros fatos,

somente curtindo a dor que sentia e fiquei a

pensar: Que vale uma vida em meio a dor, ao

sofrimento? Sem saúde, não temos vida, alegria,

vontade. Ficamos ali a vegetar, a sentir o corpo

estremecer, a passar pela vida.

Todos os anseios que temos geralmente,

estudar, se formar, viajar, curtir uma festa,

namorar, ser feliz, ir ao shopping, fazer compras

(tão bom), ouvir música, tudo, enfim, perde seu

sabor, fica sem sal, não é saboreado, não dá

vontade de fazer, se doentes estamos, se uma dor

está a nos molestar. Pode ser a melhor coisa do

mundo inteiro, não a desejamos mais.

Não há uma medida para a dor. Dor é dor.

É a que incomoda no momento. Pequena, grande,

quem a sente não sabe avaliar. Piora para quem

está de camarote, assistindo, ou mesmo somente

ali, sem saber o que acontece.

Isto porque muitas vezes escondemos a

dor que sentimos, não a dividimos com ninguém,

não a queremos liberar, como uma punição, temos

que senti-la até o fim.

Há outras, não sei se pela dor em si ou se

pelo tipo de pessoa, fazemos questão de mostrar,

de aparecer, de gritar bem alto que estamos

doloridos, machucados, sensíveis, intocáveis.

Sei lá, é difícil dizer, cada um sente de um

jeito, sente diferente do outro.

Há quem sofra calado, taciturno. Há quem

sofra feliz, contagiante. Há quem nem sofra,

O fato é que temos que ter consciência de

que a dor existe e que a dor de cada um deve ser

respeitada, sem compêndio, sem dicionário, sem

guia. A dor do outro não é sua, deixe-a em paz!

Triste ver gente que faz questão de fazer o

outro sofrer, até sem motivo, mas cria um.

Sabe aquela amante que liga para a esposa

inocente? Sabe o amigo que fica com a garota que

você estava querendo que ele ajeitasse o fica?

Sabe o irmão que avisa que o pai chegou, soube

do acontecido, ficou uma fera e prometeu uma

surra? Sabe da amiga triunfante que conta como

terminou com o lesado que você gosta? Sabe a

pessoa que você nunca imaginou e que arquitetou

um plano mirabolante para destruir sua vida?

Pois é, acontece. E muita coisa você não sabe, nem

nunca vai saber. Êita mundo dolorido de meu

Deus! Haja dor, lamento, sofrimento e mágoa!

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Francilangela Clarindo

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Capítulo 6

Filhos

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Francilangela Clarindo

Já dizia Vinícius que era melhor não termos

os filhos, mas também avisava, só saberíamos

disso, se o tivéssemos.

Mas a maternidade faz florescer a mulher

que existe em nós. É muito diferente. É algo

transcendental. Muitas poderão dizer: “Que

exagero! Não senti nada disto.” Então não foram

mãe em essência, não se entregaram à magia, à

extensão do sentimento, à natureza da criação.

Amo ser mãe. Posso dizer que nasci para

isto. Não porque sou perfeita e acerto em tudo,

mas porque meus filhos são meu ar, minha vida,

meu tudo nesta terra. É muito forte o sentimento,

e, ouso até dizer, há um pouco de ser Deus em ser

mãe. Sentimos algo no ar, sabemos quando tem

uma coisa errada, quando não estão bem, quando

nos estão escondendo, mentindo. Um dia, se não

for logo, imediatamente até, vem à tona a razão

do sentimento desconfortável.

Desde o primeiro momento de que se sabe

que se está grávida, o sonho de ter um filho ainda

menina ou em qualquer fase da vida, nos faz

refletir naquele ser que dependerá de nós desde o

ventre e por um bom tempo depois que sair dele.

Aquele ser vem, se materializa e transforma

nossas vidas e nosso ser. É maravilhoso!

Capítulo 7

Amigos

Amigos são o bem que temos sempre.

Amores vêm. Amores vão. Amigos ficam.

E nos conhecem tão bem...

Muitas vezes até temos vergonha deles,

porque sabemos o que dirão, na hora da queda.

Mas precisamos tanto deles para nos

apoiar no ombro as lágrimas que teimam em rolar,

viver a alegrias das vitórias, conversar

Tenho amigos de todo jeito, cada um a me

preencher com o que tem de melhor.

Capítulo 8 - Lar

Capítulo 9 - Vida

Capítulo 10 - Realidade

Francilangela Clarindo
Enviado por Francilangela Clarindo em 22/05/2016
Código do texto: T5642932
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