O que eu tenho.

Puxa aí uma cadeira... Senta aqui...

Eu queria te perguntar o que está acontecendo, queria ouvir tu lamentares toda a tua dor. Mas tenho medo de não saber o que dizer depois.

Quero dar-te conselhos que não seguirei.

Quero dizer-te o que fazer quando nem sei o que eu faria em teu lugar.

Quero oferecer-te meu colo.

Quero homenagear-te com meu sorriso.

Quero brigar com a vida ao teu lado.

Quero tentar entender isso tudo... ou nada... simplesmente!

Somos movidos pela razão e traídos pela emoção [ou o contrário?]. Vivemos uma luta constante entre o que o coração quer e o que ele precisa. Por fim, a vereda mais exigente é que a tomaremos.

Estou ao teu lado. Vou contigo.

Mas se tu me permites, quero antes conferir o que tens carregando nesta bagagem tão pesada.

Veja bem...

Esta dor não é tua. Deixe-a!

Este problema não é teu. Esqueça-o!

Esta não é a tua vida! E tu precisas viver.

Vamos tomar uma cerveja. Hoje teu fígado não está legal. (Garçom, traga-nos uma coca-cola. Por favor!)

Vou te dar um abraço e esperar que molhe meu ombro com o líquido salgado que te saltam os olhos na calada da noite.

Vou dizer tudo o que fica implícito quando estamos juntas e eu nunca tive coragem de dizer.

Vou segurar a tua mão, olhar teus olhos e dizer um palavrão e pedir que tomes vergonha na casa e esperar a tua resposta. Tu nunca me respondes.

Eu não tenho de ti. Eu tenho medo sim... de que não vivas, não sonhes, não erres, não saias comigo por aí sem rumo.

O espetáculo da vida está te esperando.

O que estás esperando? O que ainda te falta?

Viva! Corra perigo! Erre! Erre de novo!

Tenho quinhentos e setenta e três braços para te segurar.

Tenho quinhentos e setenta e quatro piadas para te fazer sorrir.

Tenho um segredo: sou tua amiga e nunca te deixarei sozinha.

Isabella Padilha
Enviado por Isabella Padilha em 01/08/2016
Código do texto: T5715991
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