Limpeza magica

Já me deparei com pessoas que dizem ter “mania de limpeza”, que não suportam estar em um lugar sujo que se incomodam, mas que em suas casas não são responsáveis pela limpeza. São homens e mulheres cujas mães em jornadas duplas lavam, passam, cozinham e limpam casas enormes e estes exercem outras atividades diversas. Entendo que se isso sempre foi assim não haverá porque mudar, mas imagine que estas pessoas chegam na casa de alguém e vejam algo sujo, depois comentem como fulano é desorganizado e não consegue manter a casa limpa, temos uma clara demonstração de hipocrisia, já que nunca se colocou a mão em um pano de chão, ou dedicou um final de semana a uma faxina pesada para saber como isso demanda tempo e vontade.

O mundo está cheio de gestores que querem dizer se, um local, precisa de uma ou duas pessoas para limpeza, sem saber qual a produtividade média de uma pessoa por metro quadrado, cômodos, e afins. Ou seja, é um calculo feito por um destes já citados seres que nunca esfregaram um chão, definindo o quanto seria “ideal” para manutenção da limpeza.

Já viu mulheres que adoecem ao irem morar sozinhas e não darem conta de um apartamento pequeno? Homens solteiros que tem tanto lixo e sujeira espalhados que se perguntam: como tudo aquilo se acumula tão rápido?, e inclua as roupas que não se lavam , estende, passam e nem dobram sozinhas para a gaveta, é uma surpresa! O mundo mágico da casa dos pais que poupam demais os filhos, é a mesma prisão que dá a eles o direito de interferir nas escolhas destes filhos, esta troca de favores permanece, alguns se incomodam, outros acomodam, mas assim segue a vida, em que fala-se do que não sabe, planeja e decide em cima do que não domina, vive-se lutando com a rotina e se perguntando sempre: como a mãe dava conta?

T Sophie
Enviado por T Sophie em 21/09/2016
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