Dia de praia

O vento batia gostoso no rosto, era uma deliciosa tarde de domingo na praia. O vendedor de mate esfregava a mão de felicidade, não só ele, como o de biscoito globo , de picolé e camarão. Todos felizes por um dia de lucro.

Tinha acordado cedo, ele e os três amigos tinham marcado a praia há tempos, resolveram então que seria naquele domingo. No dia anterior prepararam sanduíches, colocaram garrafas pets para congelar, assim teriam gelo para colocar nas bolsas térmicas que iam cheias de cerveja, tudo preparado. Ficaram até uma da manhã acordados, conversando animados sobre a praia do dia seguinte.

Chegando na praia, foi aquela alegria. A molecada foi logo pulando na água. Era a primeira vez que Pedrinho estava indo a praia, sempre mentiu para os amigos, mentia que já tinha ido a praia, mas estava ali estourando de felicidade, seus olhos brilhavam de alegria, tentava passar serenidade, mas as pernas tremiam.

Logo a sede bateu, aí foi logo pegando uma gelada. Sentados na areia o Joca e ele ficaram admirando as belezas naturais que desfilavam de um lado para o outro, e do outro para o lado. Passa de repente uma pequena daquelas que para à Central do Brasil. Vinha ela toda rebolando, a danadinha vinha chupando um picolé de um jeito que fazia sacristão pensar bobagem. Já tinha percebido que os rapazes estavam babando, aí abusou. Veio ajeitando o biquíni mostrando as marquinhas e quando foi passando levantou o óculos e deu uma piscada para o Pedrinho. Pronto a praia acabou para o Pedrinho, esqueceu da cerveja, do sol e do mar. Esqueceu também dos amigos, e saiu como um louco procurando a tal menina e depois de tanto procurar acabou achando. A pequena que ia em direção aos banheiros químicos. Pedrinho não pestanejou, agarrou a pequena pelo braços e lhe tascou um demorado beijo, sentindo algo rígido roçando em sua coxa, mas tomado de emoção nem ligou para esse detalhe. A menina sorria, passava o dedo na lingua e limpava a marca de batom da boca do rapaz, que logo a perguntou.

__ Qual é o seu nome, minha pequena?

__ Jorge. Respondeu a pequena com uma voz grossa.

Que droga. Só agora tinha reparado aquele gogó enorme.

Wilson Ataliba
Enviado por Wilson Ataliba em 14/05/2017
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