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A TRISTE HISTÓRIA DE PRINCESA
Sílvia, tem um Salão de festas numa cidade do interior
de Goiás, ela sempre está lá para levar as pessoas
para conhecer o local e fazer os contratos de locação.
Um dia desses viu uma cadela passando pela rua muito
machucada, achou estranho o jeito dela, parecia desorientada e seguiu seu rumo.
Sílvia que adora animais, tem três cães em casa que foi
adotando pelos sete anos de casada. Dois deles são
cães vira-lata e ela cuida dos três como se fossem filhos.
O mais velho é o Bebê, um cãozinho marrom claro que
tem uma mistura daqueles cães salsichinha, a outra é a
Mocinha, uma Pinscher Zero, muito pequenina, e a terceira
é a Lola, uma estovada cadela vira-lata encontrada na rua.
Eles são a alegria da casa que ficou mais animada com
a chegada da filha do casal, a Açucena, uma menina que
tem agora Um ano e cinco meses e que fala muitas palavras.
Gosta de chamar a tia avó dela de "Ada" e o tio avô de "Duto".
Ela é encantadora.
Mas Sílvia, que continuou a ir em seu Salão de Festas todos
os dias encontrou novamente aquele ser maltratado e viu que
uma de suas orelhas estava toda comida por bichos e ficou
com uma pena imensa da cachorra. Resolveu então levá-la
ao Veterinário e para isso colocou um sedativo na comida que
deu a ela. Chegando lá o Veterinário cuidou das feridas, colo-
cou remédios e disse para a moça que era melhor castrar
a cadela para soltá-la novamente na rua, porque a Sílvia
não podia adotar mais cães, ela até a doou para uma amiga
mas o animal gemia muito à noite e tinha um comportamento muito esquivo, parecia assustada demais.
Sílvia levou-a para sua casa e batizou-a com o nome de Princesa e a deixou na parte de cima do jardim para se recuperar da cirurgia. Comprou todos os remédios necessários, antibióticos e etc.
Quando sua tia chegou com sua mãe e maridos, vindos de
uma cidade do interior de São Paulo, ficaram sabendo sobre
a história da Princesa e tiveram muita pena dela.
A noite veio e ela começou a gemer e ganir, estava com
aquela coleira de plástico para não mexer nos pontos da cirurgia.
Ninguém a via porque ela se escondia sob as árvores do jardim.
Foram duas noites difíceis de passar porque ao escutar os
gemidos da Princesa, a Ada ficava triste pensando em todos
os cães que sofrem sem quem os olhe, soltos nas ruas do mundo.
Então o Fábio, marido da Sílvia retirou a coleira porque já haviam transcorrido sete dias da cirurgia e Princesa chorou menos naquela última noite que as visitas passaram ali.
Sílvia ainda não decidiu se fica com a Princesa ou se a devolve
para a Rua.
Ada enviou um zapzap para seu amigo que é Homeopata e
ele receitou um remédio para acalmar a Princesa, tirar aquele
medo que ela tem das pessoas.
Vamos ver se vai dar certo.
Deus abençoe a Sílvia, o Fábio e a Açucena e seus lindos cães.
Deus abençoe toda a criação e todos que acolhem cães de rua.
Deus abençoe os Homeopatas que se solidarizam com a dor
das criaturas.
Que a Princesa encontre alguém para cuidar dela.
Ada
