Se ele não muda, mude você!

Amigo não abandona amigo. Fato!

Homem é homem. Assuma!

Amigo tem papel de amigo. Homem precisa ter papel de homem.

Não dá para levar relacionamento em banho-maria. Ou pega fogo ou esfria de vez.

P-O-R-F-A-V-O-R!

Todos temos o direito de ter um pé atrás em qualquer relação ou convivência. Apenas necessitamos distinguir nosso amiguinho do homem que deita em nossa cama.

Amigo pode cobrar tempo desperdiçado; homem, não. Homem vai se orgulhar de todo momento ao seu lado. E vai fazer questão de estar junto.

Amigo vai falar gracinha bêbado; homem, não. Não se envaidece de idiotices sob o efeito do álcool. E o zelo? O cuidado?

O amigo vai discordar e bater boca. O homem vai defender seu direito de falar e falar também sobre o que pensa.

Amigo limita. Homem encoraja.

Se há dúvida sobre o comportamento do outro, temos o direito de desconfiar.

Amigo para o churrasco tem a qualquer hora. Mas quem vai descer na chuva e comprar um remédio para sua gripe mal curada? Só teu homem!

O que diferencia o amigo do homem é o comportamento de cada um. Pois, é o comportamento que define quem somos. E se suas ações são contrárias a sua personalidade... é melhor eu ficar calada. E vomitar você!

Porque eu sou o que eu sou e não posso deixar de ser por ninguém.

O meu pai não pode. Nem meu irmão. O vizinho nem tenta. O meu amigo também não. Nem quem dorme ao meu lado e eu não sei se é meu amigo ou meu homem.

Ninguém, absolutamente, pode interferir ou ferir quem sou.

Acontece que nunca me senti mulher como todas as outras. Cresci igualzinho: brincadeiras, pega-pega, salada mista e me tremi toda quando fui dar meu primeiro beijo na boca. Quem me vê toda maquiada nem desconfia do meu homossexualismo mental; juram que sou tão mocinha quanto a menininha que fala fino e nunca grita um palavrão.

Sou mulher, com corpo e desejos de mulher, mas penso como homem. Não sei onde aprendi isso, mas devo ter a resposta em alguma cicatriz escondida na alma.

Uso pouco minhas qualidades, já meus defeitos... Exalam pelos poros.

Contudo, não sou insensível à compaixão. Sobretudo, quando alguém consegue balançar o meu coreto.

Aí! Já era! Bota tudo na conta da minha ansiedade!

Gosto de estar perto de pessoas das quais gosto mesmo. Embora não seja tão natural na presença de testemunhas.

Não desempenho nenhum papel. Sou o que todos veem, sem precisar esconder nenhum traço da minha personalidade. Porque se alguém vai gostar de mim, terá de ser assim. Sabendo que sou assim. Nunca fui mulherzinha carinhosa que fala doce e palavrinhas de amor eterno, mas acredite em mim se eu disser que te amo.

Não quero estar integrada no meio social. Quero uma seleção de amigos, e preciso que eles caibam nos dedos de uma mão, porque não gosto muito de tumulto.

Quero poucos. Quero verdadeiros.

Meu cérebro masculino não produz interferência na minha sexualidade; continuo sendo uma bobona quando me apaixono. Só coloquei meu coração em modo pré-pago, porque pago um preço limitado. Em conta, o valor alto dói demais.

O outro pode me causar dor, desassossego, incômodo... até acabar o “crédito”.

Meu coração sempre foi bobo... E se eu não tivesse aprendido a me policiar, não sei o que seria de mim, aos 27 anos, com vontade de trepar no cangote dele e nunca mais largar. Sempre fui traída pela emoção, hoje ela anda ao lado da razão; e o conflito entre elas é duro de vez em quando. Porque meu coração é pequeno e frágil.

Sou uma mulher normal com alguns homens que criei em mim e um pouco mais de vergonha na cara.

"Embora meu comportamento não pareça muito prudente aos costumes femininos, estou sendo mais sincera que muitas, cuja prudência é fingida, cujo recato é artificial".

Isabella Padilha
Enviado por Isabella Padilha em 31/07/2017
Código do texto: T6070266
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