Desequilíbrio do garçom

Naquela mesa de bar havia um copo de cerveja bebido até a metade. Mas também havia oito garrafas já vazias, indicando o alto teor alcoólico daquele que segurava a faca, que foi usada para degolar o garçom, que tão gentilmente atendia ao cliente homicida e galanteador.

Galanteios para a moça apressada, que carregava algo em sua mão.

E tudo foi por conta dessa moça, que ao passar pelo portal vestida de saia rodada, cabelos escorridos e escovados, dourados como o ouro, e de rosto mais feliz, pois, de fato, havia aceitado o pedido de casamento na manhã daquele mesmo dia, quando seu grande amor partiu para o trabalho às pressas, sem perceber que tinha esquecido a carteira. Contudo, o dono não deu falta, visto que morava perto do trabalho e não carecia de transporte público, pois então, não abriria a esquecida para lhe dar falta.

E ele gentilmente serviria as mesas, não fosse o ciúme a desequilibrar lhe seu orgulho.

André Leandro Salgado
Enviado por André Leandro Salgado em 10/02/2018
Reeditado em 02/05/2018
Código do texto: T6250558
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