O Imbróglio do Pátroclo

A pronúncia do Pátroclo tinha um problema próprio.

Lembra “Três tigres tristes trituram três pratos de trigo”?

Frufru, tranquilo, ele driblava. Seu drama era menos flagrante.

Descobriu na escola, no programa: “hidrografia”, “pré-ingresso”, “cloroplasto”...

Percebeu com propriedade que seu problema se autoproclamava.

Que opróbrio! Pobre Pátroclo!

Procrastinou um pouco, mas sua procura por esclarecimentos se deflagrou.

Programou-se para transcrever bibliografias e assim aclarar o imbróglio.

Procurou seu irmão, um clínico preclaro, proprietário de um triciclo.

Este declarou o problema: era a fragrância do cloridrato, a tricromia da microflora.

Precisaria driblar os triglicerídeos, estavam no triplo! Prescreveu um transplante...

Oh, frustração! Oh, opróbrio! Pobre Pátroclo!

Precisava da contraprova, mas teve pouco progresso. Cometeu uma transgressão.

Invadiu um bricabraque, apropriou-se de um quadriciclo. E de vidros de nitroglicerina.

Então prendeu a hidrográfica e preencheu um sobrescrito. Nele explicou o fratricídio.

O procedimento criminoso mostrou-se impróprio, mas não contraproducente.

A palavra apropriada - “dislalia”, “cacoépia”, “barbarismo” - surpreendeu o fratricida.

Duplo progresso! Nome triplo! Mas quádruplo opróbrio…! Pobre Pátroclo!

Então, quase prostrado, apreciou o quadriciclo...

Arbitrou se transformar num proscrito.

Virou troglodita, na Grã-Bretanha.