Meu gato pom pom
_meu pai fazia a barba todos os dias de manhã.
sem olhar pro espelho, raspava pelo tato das mãos.
Eu, achava fantástico não via a hora de fazer também.
_Um dia todos saíram ficando sozinho em casa
Não pedir a oportunidade, resolver fazer a minha barba
escondido, pequei o barbeador antigo de ferro
colocando sabão no rosto comecei a raspa, veio
o primeiro corte sangrando, o segundo, o terceiro
fui no espelho minha cara estava tomada de sangue.
Lavando na pia, ardia mais do que pimenta.
para aliviar coloquei álcool, dei um pulo gritando
de dor, correndo para porta com medo que chegasse
alguém, mas na porta só estava o meu gato pom pom
curioso, ficando desesperado fui para a rua, até anoitecer
Eu sabia que mãe do interior era assim, ensina com os
chinelos, pra depois dizer para não fazer o mau feito.
Chegando em casa entrei direto pro quarto cobrindo
o rosto com o coberto, de dentro minha mãe perguntava?...
_menino não vai jantar?
_não estou sem fome!
_Ela foi para sala resmungando...
_esse menino tá doente!
já sabendo quando ela souber vendo meu rosto a surra
vai ser inevitável, acordei de manhã, mas mãe sempre
àquilo que está diferente, logo perguntou....
_menino o que é esses arranhões no rosto?
_fiquei sem saber o que dizer, apontado pro gato
que estava na porta inocentemente tomando seu
banho de sol.
minha mãe pegou ele, pelas costa dando lhe uma bela surra
de chinelo, fugindo desesperado para cima do telhado..
pela mãe dei para ele, todo o meu leite e pão, de tanto remorso
meu gato pom pom, aceitou desconfiado, de tanta bajulação ...
porque ele sabia que não tinha feito nada de errado..
Esse é uns dos contos que pretendo publicar num livro
contos e poesias para crianças..