O Sorriso de Agripino

Há muito que Agripino não sorria,

carregava os olhos marejados

de lágrimas, pois dentro de si havia

mil preocupações, as quais, o deixavam

cada vez mais entristecido.

Eram com as despezas: aluguel, água,

energia elétrica, gás, a manutenção da

casa e o sustento da família. E, já há 3

anos estava desempregado, vivia de

biscates, era um serviço aqui, outro ali,

mas, a maior parte do mês não aparecia

absolutamente nada para ele fazer, e isso,

deixava-o desesperado, pois, detestava

olhar o armário e vê-lo vazio e toda vez

que avistava a geladeira e via as contas

por debaixo dos imãs, aquilo dava-lhe

calafrios, posto que, era de seu caráter

manter as contas sempre em dia. Porém,

como não conseguia efetuar os pagamentos

na data do vencimento, muitas vezes chorava

escondido. Mas, como diz o ditado "Quem

procura, acha". E ele procurava, por isso, achou.

Encontrou um trabalho com carteira assinada,

fez os testes e foi aprovado; começou a trabalhar

ontem e, finalmente, seus olhos voltaram a brilhar

e o sorriso pouco a pouco vai ficando estampado

em sua face. Sim, o sorriso que sempre fora o seu

fora cartão de visitas...

Roberto Jun
Enviado por Roberto Jun em 02/03/2019
Reeditado em 02/03/2019
Código do texto: T6587853
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