Quando uma mãe Ora

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Lia era uma mulher que vivia muito feliz, com seu esposo e filhos.
Eram pessoas de classe media baixa, mas ele muito trabalhador, a tendência era cada vez mais melhorarem a situação financeira.
Já estavam indo bem, tinha a casa própria, bem servida de móveis e utensílios domésticos que foram comprando aos poucos. Ele já conseguira dois carros. Um para servir á família, e outro que ele colocara na praça para ajudar um amigo e se ajudar também. Não deviam nada a ninguém.
De repente, aconteceu o imprevisto, perderam tudo quanto tinham (não vou entrar em detalhes, embora tenha sido testemunha ocular dos fatos).
Antonio ficara muito doente, vendera a casa e gastara o dinheiro com os carros, por fim vendera os carros e fora morar com a família na casa de um parente e Lia ainda por cima estava gravida.
Para se tratar melhor, deixou mulher e filhos na casa desse parente e foi para outra Cidade para a casa de uma de suas irmãs e ficava muito longe.
Doente e impossibilitado de trabalhar, não tinha como enviar nada para a esposa e os filhos, e por causa disso, Lia e as crianças passaram por muitas humilhações. Na casa onde estavam, apelidaram as crianças com termos pejorativos. Lia trabalhava no serviço da casa e a barriga cada vez crescia mais, é óbvio. Era tratada como se fosse empregada domestica. Mas Lia não se queixava da situação com ninguém, nem mesmo quando escrevia cartas para o esposo, pois segundo ela, não ia cuspir no prato que comia.
Apesar de tudo, fome não estava passando e nem dormia ao relento. Ele, nem imaginava o que estava acontecendo.
Certo dia, apareceram na casa onde Lia estava hospedada com seus filhos, Umas pessoas da família do Antônio e também do dono da casa, um primo, com a esposa e os filhos, uma moça e um rapaz. Embora Lia fosse esposa do primo deles, não participou da visita. Esses parentes nem a cumprimentaram e, quando viram as crianças disseram “ De quem são esses meninos”. A dona da casa explicou de quem eram e porque estavam ali.
Depois se retiraram pra a sala deixando a porta no trinco, e a dona da casa virou-se para Lia e disse, Faça um café, coloque a mesa e nos avise.
Quando a mesa estava posta para o café, Lia os chamou. Vieram a tomar o café e as conversas rolavam. Lia estava na cozinha esperando alguma ordem da dona da casa e escutava as conversas na sala de jantar.
Falavam da família de Lia e de Antônio, de como as crianças eram levadas, bagunceiras e aí, a esposa do primo de Antônio pediu para levar um dos meninos para aliviar as travessuras ali.
Quando Lia ouviu isso o seu coração ficou apertado, não queria ficar longe de nenhum dos seus filhos nem por um dia. Pelo menos tiveram a “delicadeza de falarem com ela e, ela deixou bem claro que não era de acordo que levassem nenhum, mas resolveram levar assim mesmo sem ela concordar e levaram o Pedrinho que tinha oito anos na época e era o segundo filho de Lia. Na hora de arrumar o Pedrinho, Lia engolindo as lagrimas falava assim, filho, me perdoa, a mamãe não queria que você fosse, mas eles são seus primos e não vão te fazer mal e logo irei te buscar.
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O garoto saiu triste, sem dizer uma palavra, ia para a casa de pessoas que ele nem conhecia apesar que eram parentes. Lia ficou vendo o filho se afastar sentado no banco de traz do carro ladeado pela moça e o rapaz filhos do parente. Lia não deixou suas lagrimas que estavam represadas em seus olhos, caírem. Mas a noite ao se deitar, deu largas ao choro e começou a orar e contar para Deus tudo o que Deus já presenciara e sabia, mas era preciso que ela falasse e colocasse diante d’Ele toda a sua queixa. Com dois dias que haviam levado Pedrinho, vieram devolver. Pedrinho era um garoto calmo, mas ele nos contou o que aconteceu lá. O pessoal não o tratou mal, antes deram a maior atenção pra ele, mas ele já sentia saudades do pai (Antônio) daí ficou longe da mãe e dos seus irmãos, ele pensava que nunca mais ia vê-los, desesperou-se.
Á noite Pedrinho perdeu o sono e resolveu que no outro dia iria fugir dali. Ele marcara bem o caminho, mas como era ainda muito pequeno, Não sabia que o que o separava da mãe e dos irmãos eram mais de 40 quilômetros. No dia seguinte, já de tardezinha, aproveitando um momento de distração da família que o levara, ele se embrenhou no canavial que parecia não ter fim, em direção á rodovia! Logo deram falta dele e muita gente começou a chama-lo, ele não respondia, mas logo o acharam e o trouxeram de volta. A esposa do primo falava assim: Esse é o melhorzinho? Deus me livre, nem quero ver os outros. Enquanto isso Lia abraçava e beijava o filho e depois ela me contou que enquanto a mulher dizia não querer saber dos filhos dela, ela agradecia a Deus no seu coração por estar com seu filho de volta.
A Oração do Justo pode muito em seus efeitos !
( Tiago 5. 16 – segunda parte)

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Ahavah
Enviado por Ahavah em 10/05/2019
Reeditado em 15/05/2019
Código do texto: T6643887
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