Diário
24/07/2019
Hoje acordei 4e  meia. Já levanto, porque não durmo mais.
Fui riscar a parede. Um mosaico que estou fazendo como forma de painel na parede da televisão.
5 e meia fiz o café e tomei uma xícara pequena. Depois fervi o leite que estava na geladeira.
Não merendei. Tomei mais café com leite antes de vim pra escola.
Passei no caixa 24 horas e saquei uma gorjeta. Vou almoçar no Arrodeador, no balneário da amiga Leirivan.
A Samara veio hoje, graças a Deus. Não localizei um documento solicitado, ontem, por um ex aluno. Ele ficou de vim hoje, mas ainda não veio.
A Samara já localizou o documento. Graças ao controle dela, que eu não sabia, foi mais fácil. Por isso se diz: cada macaco no seu galho.
O Jorge veio, hoje, e já limpou todo o pátio da escola. Está agora mesmo pregando alguma ciosa em algum lugar.
Já estou com fome, mas nada trouxe pra comer. Melhor mesmo esperar o almoço, pelo menos comerei bastante.
Estou tentando revisar os textos dos alunos, mas estou com dificuldade. Preciso seguir as diretrizes das Olimpíadas de Português, mas não estou conseguindo associar.
As férias estão terminando. Em breve teremos as atividades de volta a todo vapor, mas hoje não quero lembrar do futuro. Sei nem se chego lá. É, porque a vida é inconstante.
Aqui tá muito solitário, apesar das companhias de Samara, Jorge e Evania. Bom mesmo é quando está a tropa toda. Professores e alunos. Aí é muito movimento. Escola sem gente é uma sepultura. Triste e deserta.
Hoje estou melancólico. Vou pro açude pra dissipar um pouco a melancolia. Estava precisando de uma companhia para não me sentir só. Qualquer pessoa servia.
Tem aquele dia chato. Hoje é assim pra mim. Nada causa alegria nem contentamento. Pode ser um tipo de stresse. Talvez.
Talvez eu esteja melhor amanhã ou talvez nem tenha amanhã pra mim. Mas se tiver, espero está melhor.
Hoje não estou nada divertido. Tudo parece triste.
Estou com saudades de meus colegas. Hoje queria dar uns abraços em alguns ou em todos. Mas deixemos os abraços pra depois.
Os passarinhos que são felizes. Amam uns aos outros e não se preocupam com o amanhã, mas sempre tem o que precisam. As formigas também são felizes. Não sabem se vão morrer, nem choram a morte das outras.
Às vezes choro a minha morte antes de morrer. É, porque depois de morto não dá pra chorar por si mesmo.
Deixo meu abraço aqui aos meus colegas e espero que a gente se reencontre dia primeiro.
CARLOS JAIME
Enviado por CARLOS JAIME em 24/07/2019
Reeditado em 24/07/2019
Código do texto: T6703283
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