Não devemos azedar e nem virar vinagre

Estava se restabelecendo de uma forte gripe, já dera inclusive umas andadas no bairro. mas de leve, se forçar a barra. Sempre acompanhado por uma neta. Depois sentou-se na sua poltrona puída, tomou um suco de melão e ficou penando e conversando com seus botões. Sentia que apesar dos achaques da idade e dos prolemas até financeiros. aposentado estava sofrendo mais do que pitomba na boca de jegue, ainda se sentia feliz. ainda amava a vida. E ficava com pena dos que entregavam os pontos e, pior, dos que partiam para a raiva, o rancor, o ódio. Achava essa postura negativa. De vez em quando lembrava a alguns o que disse Dom Hélder Câmara sobre o envelhecimento:

"Se sentirem que os anos passam,e a mocidade se vai, peçam a Deus, para si e para os que se tornam menos jovens, a graça de envelhecer como os vinhos envelhecem - tornando-se melhores - e, sobretudo, a graça de, envelhecendo, não azedar, não virar vinagre...".

Sentiu um soninho e tirou um cochilo. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 26/10/2019
Código do texto: T6779744
Classificação de conteúdo: seguro