Contato

Preferi classificar isso como um conto do cotidiano, pois se eu dissesse que era uma crônica ficaria implicito que de fato ocorreu essa breve história, mas prefiro ausentar essa circunstância. Se aconteceu ou não, independe da minha vontade de escrever algo .

Enfim foi naquela simples tarde, após a aula , rumo à aula de história da arte.O combinado foi de almoçarem juntos, conversarem sobre os estudos e qualquer outra futilidade que a vida moderna da paulicéia desvairada levasse os dois a discutir sobre.

O almoço correu como sempre, os dois falando suas singularidades e suas mais variadas semelhanças, rindo , brincando ou qualquer outra forma de afeto amigo, como qualquer garoto brincaria com uma garota independente de um sentimento maior.Ao compararem suas mãos e um segurar fortemente a do outro, olhares inéditos surgiram...

A aula começava e seguia. As brincadeiras não paravam, o contato, muito menos, ele cochilava no ombro dela , e ela em sua cabeça , mas a necessidade do contato era imprescindível, seja ele braço com braço, mão com mão, ou qualquer outra parte do seus corpos.

Um toque gerou um certo desespero, pois nenhum dos dois sabia se realmente o sentimento era recíproco, pelo menos na turbulência dos pensamentos dele.

A aula se findava, a incógnita permanecia em suas mentes jovens e confusas, mas o carinho não diminuía não mesmo..