Coroa enfadado e justiça

SENTADO na sua cadeira de balanço o coroa enfadado pensava no quanto o seu país estava refém da futilidade, das vaidades excessivas, da incompetência e da ambição desmedida.

Lamentava, por exemplo, as bobagens e trapalhadas da justissa (com dois esses, sem o cedilha). Não dava para segurar sua indignação com as arengas, barbeiragens, frisson por câmaras e microfones, defesa do indefensável e omissão.

Ficava ali no seu cantinho pensando como agiam diferente, por exemplo, os juzes e ministros das altas cortes dos Estados Unidos. Estes eram s´brios, distantes das câmeras e microfones,infensos à vaidade, não arengavam, um ministro da alta corte não desmancha a decisão de outro. Agiam de maneira soberana e definitiva. Mais: mao faziam palestras e nem cuidavam de outros interesses, nao tomavam partido e nem eram vinculados a grupos. Era uma justiça e não justissa.

Fcou lamentando até que adormeceu e sonhou que o país tinha virado um país sério.Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 27/01/2020
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