O ganhador do prêmio feio

Essa é uma daquelas que se contar, só surdo com aparelho novo acredita (para fingir que está ouvindo).

Quatro amigos sairão como de praxe na sexta feira, para “azarar”. Estavam em uma danceteria, era cedo, antes da meia noite. A idade variava entre dezoito a vinte anos. Todos uns Dom Juan. Nas cabeças, tudo era mulher e cerveja.

Depois de muito analisar as possíveis investidas contra o público feminino, era comum cada um dar uma sumida. Entretanto, aquela noite pareciam todos mais devagar. Só conversavam. Então um deles teve uma ideia. Chamou ou outros e disse: “hoje vamos fazer algo diferente, quem pegar a mulher mais feia e dançar com ela, os outros, devem pagar uma cerveja para o ganhador”.

Todos toparam e começaram analisar a menos bela para ganhar a aposta. Como não tinha dado as doze badaladas noturnas, o item principal estava com baixo teor no sangue. O álcool sempre ajudava nessas ocasiões.

Bom, mas enfim foi dada a largada e o “Vermelho” sai na frente, rumou para um lugar meio ermo, com pouca luz, onde só se viam vultos. Inclinou se, estendeu a mão e trouxe para a luz e bem no meio do salão, a vitória.

Quando ele foi dançar, ninguém acreditou que alguém pudesse competir com ele. A menina era desconjuntada de feia. Depois da dança ele entrou a rodinha e disse: “quem será o próximo a procurar uma concorrente, a minha parte eu já fiz”.

Os outros amigos não se deram ao trabalho de procurar, certamente não encontrariam. Cada um deu uma ficha de cerveja como combinado, se abraçaram e foram ao bar comemorar a feliz derrota.

Todos tinham em mente, para encarar aquela menina, ou o cara já estava bêbado, ou duro e não tinha como pagar sua cerveja.

O escritor do lago

Paulo Cesar Santos
Enviado por Paulo Cesar Santos em 28/02/2020
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