EVELYNE NÃO MERECIA?

1º o conto agora quer ser crônica, 2º o dia em que Marcelo encontrou Evelyne, 3º “A reação de Vanessa”, e 4º Evelyne não Merecia? Caso haja alguém, nesse mundão de Deus, que já tenha vivenciado história semelhante. Obviamente são meras coincidências. Portanto, não nos preocupemos tudo é sempre mais nós é que não sabemos.

O espaço de convivência nesta noite estava meio que deserto, de modo que podia se ver e se ouvia as passadas de Marcelo indo de encontro à Vanessa e Evelyne. Marcelo seu olhar fixo no horizonte, quando percebeu que ambas estava vindo ao seu encontro, por um momento e sem demora. Dividiu a braçada de flores em dois ramalhetes sustentos um em cada braço. Eu no meu posto de observação larguei censura falando baixinho:

- Cabra safado! Sabia! Queria as duas.

Mais a surpresa só estava começando. Empinou o nariz, tal qual modelo de sucesso, e pôs-se de encontro as duas moças, que vinham ao seu encontro, uma, braços abertos a outra sorriso inocente se sentindo as mais privilegiadas das criaturas. Imaginem que o danado passou por entre as duas como se não conhecesse, mais ora não deu duas passadas ruma ao seu intento. Vanessa com firmeza deu-lhe um puxão no braço:

- Pra onde o Sr. Vai! De quem são estas flores?

- São e num são, o que você tem com isso?

Evelyne logo desmanchou o sorriso do rosto sincronicamente ao puxão de Vanessa. Esta logo percebeu seu envolvimento.

- Quem é essa sirigaita?

- Vanessinha! Calma Vanessinha! Num é nada do que esta pensando.

- Pensando o que? Seu ordinário! Agora também é adivinho, é? Explique! De quem são essas flores?

Agora já o segurando pela camisa.

- São de encomenda, mais tenha calma.

- De encomenda! pra quem?

- Num posso estragar a surpresa.

Vanessa sentindo que já tinha o domínio da situação, acurralou mais um pouquinho:

- Então está bom! Vou lhe ajudar a entregar. Vamos!

- Mais pra que tão presteza Vanessinha. Num quero lhe incomodar. Me deixe é coisa minha.

Num é que me esqueci de Evelyne! Cadê ela, sumiu!

O cachorrinho das Beneditinas, vendo Marcelo naquela situação. Depois de fazer-lhe uma festa, só para lhe salvar do furdunço se prontificou como quem encomendou as flores. Marcelo já lhe ia entregar as flores, mais viu não ser convincente. Maquinou idéia melhor:

- Aíla! Essas são as flores que seu namorado mandou.

Aíla estava sentada em mesa próxima. Nem namorado tinha. Ficou foi espantada e antes de qualquer reação.

- Ele disse que mandou essas flores por que é tão tímido, tão tímido, que você nem sabe que ele lhe namora.

Aíla recebeu as flores de Marcelo meio sem acreditar. Convenci-me mulher gosta não, adora flores mesmo.

- Vanessinha! Faz quatro dias que não lhe vejo esteve doente, foi? Nem me ligou. Nada. Fiquei preocupado, viu!

- Seu Miserável, está pensando que estou acreditando. Eu mereço por me envolver com gente de sua laia, “cortadorzinho” de canas de uma figa.

Marcelo entendeu que todo aquele descontrole tinha um nome: saudade. Rapidamente, segurou novamente as suas mãos. Olharam-se, estáticos.

É, meus caros leitores e minha leitora favorita a quem dedico essa, digamos “Mini Série” de quatro capítulos. As aparências nunca enganam a cabeça por vezes não quer mais o corpo consente.

Marcelo me inspirou para escrever “O último machão”, publicado na minha página.

Hoje, além de vereador aspira ser perfeito, casou 4 ou cinco vezes depois do casamento com Vanessa. Vive às voltas. Entre o salário e as mulheres. Na maioria suas chefes de gabinete. Filhos? Acho, até ele mesmo perdeu a conta. E Evelyne! A doce Evelyne, alguma coisa lhe convenceu que lhe levou ao convento, é freira.

E eu Crontei umas mentirinhas, me perdoem. Vingancinhas, é claro. Agora! A verdade mesmo é que a meninada só vai pra faculdade estudar.

Depois eu cronto mais.

Manuel Oliveira
Enviado por Manuel Oliveira em 10/10/2007
Código do texto: T688121