MORMAÇO

A moça aguarda uma ligação. Dia comum. Trabalho exaustivo. Verifica a todo instante o celular. Não há novas mensagens. Nem ligações. Querer não é poder, não hoje. Em casa. Rotina: Sala Silenciosa, iluminação fraca, apartamento bagunçado, janelas fechadas, poltronas de couro, frio, estomago vazio, café amargo. A doçura acabou. Telefone mudo. Vazio.

Amanhã é reflexo do hoje. Igual. Finalmente. Telefone toca. E... Os senhores leitores não saberão quem ligou. Ninguém saberá o que foi dito naquele dialogo, pois só assim alimenta-se a expectativa do mais.