Ao sabiá que me acorda.
Acordo com nuvens de uma segunda-feira que pressinto triste, me encolho na cama como se pudesse adiar o dia esticar o sonho.Nada me apetece, peço desculpas ao sabiá por não conseguir demolir esta tristeza imotivada. Saio, olhos fitos nas pedras da calçada, e não me atrevo a encarar o dia, ando cabisbaixo quase triste.Devaneio pelo passado onde estão se é que estão meus amigos de infância, Paulo, Ailton, “Mane”, Elza, Reinaldo, Regina e tantos que a memória atrai e a emoção sente, seus passos amigos comigo .Tento vê-los e não consigo pois sempre viajo só quando viajo dentro de mim.E me pergunto porque nunca me encontro no lugar onde meu corpo esta e como Quintana, sei que este sentimento passará... passarinho.Deixando uma vaga nostalgia que se desfará no decorrer do dia.
Segunda feira em São Paulo, que meu abraço encontre o seu sorriso.
. Carlos Said