Maria dirigiu-se apressadamente para um compromisso agendado. Ao chegar ao local cumprimentou, gentilmente, a secretária do seu advogado. No entanto, a funcionária, sem sequer dirigir-lhe o olhar, perguntou a Maria:
¾ Como você se chama?
Maria, como querendo dar o troco em razão do pouco caso dado a sua presença, respondeu:
¾ Eu não me chamo, os outros são quem me chamam.
A secretária, ainda sem olhar para ela, e demonstrando estar irritada, disse:
¾ Então, minha senhora, como os outros lhe chamam?
Maria falou:
¾ Na maioria das vezes me chamam pelo meu nome.
Diante da resposta irônica de Maria, a secretária aumentou o tom da voz, e visivelmente aborrecida, perguntou-lhe:
¾ Então, como é o nome da senhora mesmo... por favor!
¾ Meu nome é Maria de Jesus.
Só neste momento é que a secretária lhe dirigiu o olhar e indagou:
¾ Só isso?
Maria sorriu e lhe perguntou:
¾ Você achou feio o meu nome?
E, pensativa, concluiu:
¾ É, parece que as respostas dependem muito de como são formuladas as perguntas.
 
Ieda Chaves Freitas
Enviado por Ieda Chaves Freitas em 17/11/2020
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