SENTIR-SE EM ABANDONO

 

 

Maria de Fatima Delfina de Moraes

 

 

Como alguém que tem dinheiro, um bom apartamento, um bom carro, o apoio da família pode se julgar em abandono.

 

Há uns vinte dias atrás a família fez uma viagem que deveria ser uma lua de mel.

 

Gente demais. Pais, irmãos, filhos e o casal.

 

A casa de praia de um parente com cenário paradisíaco deu o tom do fim de semana.

 

Podia ter sido a dois. No máximo à quatro pessoas: pai, mãe e filhos, que declararam-se casados perante a lei para oficiar um matrimônio.

 

Não pelo disse me disse de amigos e familiares, mas porque juraram amor eterno.

 

A linda moça de vinte e oito anos apenas, brincou, sorriu, participou ativamente.

 

- A irmã do cônjuge.

 

Ingressar numa seita xamã, foi fatal.

 

Um chá alucinógena tornou a moça esquizofrênica.

 

Comportamentos e humor que iam de um extremo ao outro.

 

Minha amiga, a cônjuge, me manda um WatsApp.

 

Após uma crise grave de esquizofrenia, a moça pulara da janela do décimo andar onde morava.

 

Havia tido umas três crises anteriores onde ameaçara se matar e matar parentes com quem convivia.

 

A mãe aflita procurara ajuda psiquiátrica, pois cada crise tornara-se pior.

 

Infelizmente, foi tarde demais.

 

O que dizer numa hora desses?

 

Fica aqui o meu alerta para os pais e familiares.

 

-Tenham atenção em seus filhos adolescentes. Onde vão, com quem se relacionam. Observe o comportamento.

 

Ninguém muda do dia para a noite, me dirá você.

 

Droga, é droga! E você não pode jamais prever o quanto de estrago podem causar

 

Cada organismo tem uma reação diferente.

 

 

 

Ninguém muda radicalmente de personalidade em questão de horas ou dias se não estiver sobre forte influência de drogas.

 

Ouvi pessoas jogarem palavras ao vento.

 

- Ninguém leva ninguém a nada...

 

Não duvide. Um perspicaz é capaz de tudo.

 

Registro apenas os pêsames, as conclusões são por conta do leitor...

 

Uma única palavra - tristeza.

 

 

* Por razões óbvias não há nomes nem pormenores.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 14/11/2021
Reeditado em 15/11/2021
Código do texto: T7385585
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