AMIGOS DE FÉ E DE PAZ

 

 

     Maria de Fatima Delfina de Moraes

 

 

     Quando comecei a ter contenções físicas e precisar de constantes cuidados médicos, contratei um motorista.

 

     Amigo de dez anos corridos, mas descubro neste ser grandes surpresas.

 

     Às vezes, você acha que conhece uma pessoa, mas só vai enxergar seu verdadeiro valor quando convive.

 

     Eis que neste ser existe um coração imenso...

 

     Na pandemia fez curso de Cuidador de Idosos para ceder parte de seu tempo em trabalho voluntário.

 

     Voluntariamente recolhe donativos diversos e apoia igrejas e orfanatos que atendem população vulnerável.

 

     Com a convivência integrei seu trabalho ao meu, que já prestava ações voluntárias e colaborativas, com famílias em situação de fragilidade social, pessoas em situação de rua, e algumas entidades que precisaram de auxílio por ter perdido seus colaboradores.

 

     Nesta interação foi que tomei conhecimento da grande quantidade de crianças e idosos abandonados em asilos, orfanatos e nas ruas.

 

     A pandemia tornou ainda pior o que não era nada bom.

 

     E foi assim, unindo forças, que nos tornamos grandes amigos.

 

     Muitas dessas pessoas atendidas nos chamam Anjos da Alegria.

 

     Digo que não. Somos apenas seres humanos cuidando de outros seres humanos.

 

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