De para-quedas.

- Aconselho-te, meu amigo, a saltar, tendo às costas, acoplado, um para-quedas, pelo menos uma vez na vida, de um avião a boiar no céu a cinco mil metros de altura. É uma aventura emocionante. A adrenalina vai a mil! O coração, à boca. Os cabelos fogem à cabeça. Quanto a isto, nada com o que se preocupar. Os cabelos renascem, e crescem.

- Mas eu tenho medo, Sergio. Vai que o para-quedas, com defeito, não abra.

- Não há razões para pânico, amigão. A experiência já me ensinou que a queda não é, nem pode ser, eterna. Ninguém, ao pular de um avião, cai eternamente. Uma hora a queda acaba. Encontra seu fim no chão, do qual nenhum cristão, em queda, passa. Você nunca tropeçou, e deu com o focinho no chão!? Já. Então, meu amigo, siga o meu conselho. A diversão é garantida. Em Sua infinita sabedoria, Deus inventou o chão. Não perca tempo. Pule de para-quedas.