Bomba relógio

Em uma sala fechada,

Tenho a impressão de que as paredes movem-se em direção a mim, prensando até a última gota de esperança do meu ser.

Deixando apenas o caos tomar forma e mergulhando meu corpo no mais profundo desespero.

Sobre a sensação:

É difícil descrevê-la com palavras, quando tento...

Sinto somente á ausência de ar, estava ficando pior!

Não consigo ver nada.

Mas ouço, ouço ecos...

E tudo parece tão vazio e distante. Sufocante.

Quero gritar! Não para ser ouvida, mas sim, como uma forma de colocar para fora tudo que ficou entalado, as palavras não ditas que foram coagidas a sumirem.

No entanto, ainda estavam ali! Amontoadas na minha mente, guardadas numa caixinha na gaveta da minha memória, autointituladas:

"Cale-se, ninguém entenderia!"

Seria "drama" já que o sofrimento não é deles.

Fonte:

Vozes da minha cabeça_

"Acho que ainda tem espaço para alguns momentos, só não fale nada. Cuidarei do resto." (Não cuidou!)

Foi então que me convenci de algo:

Eles não entendem, nunca nem se quer tentaram e justo quando me acostumo a ser sozinha, julgam até mesmo a minha solidão.

Conclusão da história: Tornei-me uma bomba relógio, sempre a beira da explosão! E o próximo 'click' pode ativar a detonação.

Isobel
Enviado por Isobel em 04/12/2022
Código do texto: T7664285
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