Aos invasores, ao desespero
Há algum tempo que interromperam-me as escritas. Pude reconhecer.
Foram invasores em forma de desespero tomando posse de vacinas que não pude conter em possuir
Viajaram campos e lagos até encontrarem-me perto da realização
De forma grotesca e exagerada puderam me matar pelas mãos e dedos
Da inveja e desmerecimento
De pensamentos e devoção
Mas fizeram com isso tudo uma forma aquosa de enxergar plenamente algo
Esse tão em tão pouco que me deixou avistar uma novo começo
Início de vida e fim de uma época em morte
Foram invasores em forma de desespero tomando posse de vacinas que não pude conter em possuir
Que me fizeram acordar pra vivência em êxito e num broto novo
De forma límpida e sob medida me devolveram a vida
Da morte para a escrita
Do amor e total merecimento
Mas tiveram com má intenção um bom resultado
Esse resto de vida que me fez, sim, viver uma vida plena
Foram invasores em forma de despero que me deslumbraram com o fim da morte em sua época para a vida em primavera existencial. Completa.
Aos invasores, ao desespero: aniquilaram meu esmaecimento.
Além da escrita, agora em vida, propuseram-me sem fim um instante de glória e inconsciência.
Insano sou pois achei no meio de ti, meus invasores, a porta para a entrada de outro começo
um de amor total e merecimento
Mas tiveram com má intenção um bom resultado
Esse resto de vida que me fez, sim, viver uma vida plena.