A possessão

Era como se ela fosse possuída por uma força estranha, tamanha.

Que a tornava, um animal selvagem,

Que só parava,

Só descansava,

Quando dilacerava sua presa,

Que presa em sua boca restava.

Parecia que ela ouvia vozes,

Que a diziam o que ela deveria fazer.

Ela se transformava em outra,

Mudava o jeito de agir

E de falar.

Com quem tinha algum interesse ou afinidade,

Tinha muito assunto,

Mas com quem não tinha,

Era como se ela não existisse ou estivesse ali.

No final, era apenas o final feliz,

Que sozinha alcançava

E como um arrependimento,

Que a arrebatava, a arrebentava e a abraçava,

Quando voltava a consciência,

Se aliviava por não ter saído do seu quarto.