As manias de um porco-espinho

Via-se de longe um pequeno rato ou mais um tamanduá, que se virara em um porco talvez. Chegando mais perto ele era somente um porco: porco-espinho.

E o mais estranho é que ele se contorcia no chão, como se estivesse machucado.

-Está tudo bem?!

Ele virou-se e tomou um susto, abrindo os olhos rapidamente.

-Que horror! Que mortal! Minha mãe de espinhos do céu! Você vai me devorar?! Olha que eu sou muito mais forte do que você pensa!

-Não, não, eu achei que você estive com muita dor, então deveria vim ajuda-lo...

O porco-espinho parou e pensou: mas nunca, ninguém, nunquinha! Se preocupara comigo. Que esquisito... Ainda mais uma lagartixa grande, por mais que eu nunca tenha visto essa nova espécie.

-Olá, você está bem mesmo?

Perguntou a menina com o rosto todo vermelho de vergonha.

-Estou sim, estou sim, sim.

A menina se perguntara, por quê ele sempre falava a mesma coisa tantas vezes. Não poderia dizer diretamente, ser mais objetivo?

-Bom minha senh... Madam... Quero dizer, meu Ser Grande.

Claramente não foi a melhor coisa a se dizer para se referir aquela moça linda, de olhos claros, pele rosada e cabelos de fogo.

-Eu já vou indo!

Disse o porco.

Até mais.

Disse a menina sem graça.

-Até, até.

Falou o porco-espinho indo embora rapidamente, adentrando a floresta.

Ágatha Ternurie
Enviado por Ágatha Ternurie em 24/09/2023
Reeditado em 24/09/2023
Código do texto: T7893116
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.