Negativo Ou Positivo – (Adaptação José)

Um Pai, fazendeiro de posses, tinha o costume de presentear seus dois filhos, não necessariamente em dias comemorativos.

Mas certa feita, resolveu surpreendê-los de uma forma inusitada, sem que percebessem do seu modo rotineiro.

Conhecia-os muito bem, e no intuito de confirmação, providenciou tudo, nos quesitos em que os presentes não pudessem ser reconhecidos logo de vista.

Chamou o primeiro, indicou sua intenção da hora e ficou à espreita da sua reação na descoberta.

Abrindo com voracidade, naqueles emaranhados de papéis e cordas, num repente:

Eis seu prêmio de frente para seu, visível, desapontamento:

- Mas, Pai! Poderia ser uma moto, uma lancha, até um carro, e o senhor me vem com essa bicicleta?

E saiu batendo portas, adentro, se fechando no seu quarto, ficando no seu aborrecimento...

Chamou o segundo, no mesmo sentimento, com as mesmas palavras do seu apontamento, no aguardo para uma nova reação.

Na mesa havia um pequenino embrulho, que se parecia mais como uma caixinha de sapato, do que qualquer outra coisa, parecida por valor...

Na sua tranquilidade sabida, foi desembrulhando, com a maior calma possível, no respeito que o presente tinha e tão logo, visto o que havia, sem antes dar um abraço e um beijo no seu Pai, agradecido, saiu porta afora, pulando e gritando:

- Pai, Pai! Cadê? Cadê? Pai?! Cadê o meu? O meu? O meu Cavalo?!...

- Ficou curioso para saber o que tinha na caixa, não ou sim?

Simplesmente havia colocado uma poção de estrume, afinal não haveria de caber a enormidade, naqueles centímetros de espaço.

Moral: Uma lição a ser observada, porquanto devemos ser agradecidos aos sinais de positividades que surgem nas pequeninas coisas, onde a Vida mostra, a cada passo, nos caminhos dos nossos dias.

Tão fácil ver o Sol com sua magnitude, transpondo o Céu ao propósito Divino...

Mas dentro de nós, sempre um, a brilhar e aquecer, com a nossa Luz de conhecimento e sabedoria, muito mais longe do não, bem mais perto do sim, dependendo das circunstâncias, em que a prática seja precisa, com vertentes para o bem coletivo e de convivência plena.

José Corrêa Martins Filho
Enviado por José Corrêa Martins Filho em 29/09/2023
Reeditado em 29/09/2023
Código do texto: T7897223
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