Ela queria somente um homem de verdade II

O tempo passava e aquele homem de verdade não surgia. O divorcio tornou-se inevitável.

Decidiu não mais devanear paixões eróticas subjetivas e necessitava tão somente de um amante de verdade que lhe satisfizesse sexual e afetivamente.

Depois de dois anos a trabalhar remotamente devido a pandemia retornou à empresa, ao seu antigo cargo de supervisora psicóloga RH.

Primeira entrevista foi com um candidato à função Analista TI, um jovem alto, negro viril, ótima aparência física e mental, bom diálogo e experiencia profissional comprovada. Pensou: “Irresistível!”

Ciente que seria antiético manter contato com quaisquer candidatos fora do expediente, mesmo assim enviou uma mensagem para aquele jovem homem de verdade.

A Desculpa foi um check up em seus notebooks particulares.

Combinaram em se encontrar num quiosque da praia final de tarde. Conversaram, comeram, beberam, interagiram, sorriram... por fim decidiram terminar toda aquela eloquência no motel.

Houve gemidos, obscenidades, sexo selvagem, gritos de êxtases extremos e a realização de uma mulher fogosa que só conhecia até então, a arte e a volúpia dos prazeres através dos imagéticos poemas eróticos que tanto escreveu em delírios...

Sussurrou baixinho: “Agora sim, eu tenho um homem de verdade!”

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 16/03/2024
Código do texto: T8021191
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