Quando se ama...

Você me ama?

Talvez faça tudo parte do meu sonho romântico.

Eu encontrei a pessoa certa. Ela foi a única que aceitou meu amor e me deu aos poucos o dela.

Mesmo assim não me sinto bem. Eu imaginava que um amor era o que faltava em minha vida. Não é assim tão simples.

Agora me sinto à beira de um precipício. Eu sinto que estou em uma fantasia bela; um sonho bom; mas que a qualquer momento pode desmoronar.

Será que serei capaz de suportar?

(Na parede do meu quarto está manchado de sangue: Não amarás!)

É assim que me sinto.

Meu amor. Ela é tão bela, tão fofa, tão carinhosa, tão doce, tão amável.

Ó Deus, não deixe que esse encanto se acabe. Eu a amo muito.

Por que minha cabeça me atormenta?

O amor se esgotar? Não quero acreditar nessa verdade tão "sim, mas não".

A causa está naquilo que me persegue.

Estou tão feliz ao lado dela. Por favor, não tire isso de mim.

Hoje é dia 7 de fevereiro. Está chovendo lá fora.

A incerteza é meu ponto fraco. Para mim, tem que estar tudo completamente consolidade. Minha cabeça se destrói se algo não se dá por certo.

Esse dia chuvoso me faz lembrar da minha fase "pesadelo". Eu lembro bem: eu sofria uma dor muito forte internamente. Era quando meu amor era platônico. Minha cabeça era confusão.

Minha cabeça era ódio e auto-destruição.

Com o amor tudo fica mais bonito. Tudo mais simples e harmônico. Mas devo alertar que é tudo aparência, tudo estética.

O amor é estético. Ele embeleza o mundo. Valores, realidade... tudo sorri. O amor trás a arte para a vida. É o prazer, felicidade, fraternidade e ternura. Mas cuidado: isso tudo é aparência. Por detrás há a verdade.

Qual verdade?

Não a verdade absoluta, mas a verdade inventada que se torna absoluta.

É um pé aqui outro lá.

Saquei antes. Isso foi bom, deu-me um empurrão: "Preciso construir minha vida e eu".

Mas para isso preciso destruir meu outro eu. Meu passado: o eu de antes.

Aquele que se lamentava e se culpava. Tem que ser demolido para um outro eu viver.

Um eu altivo e feliz. Forte!

O processo já se iniciou.

Onde vai parar? Não sei. O que sinto é que esse novo eu que está sendo construído não aceita voltar para atrás, não aceita a dúvida nem a retomada do outro.

Eu: é tudo ou nada.

Eu ando e aquilo que está atrás vai se desmoronando.

Forte! Quero ser forte! Sem lamentações. Se sofro é porque devo.

Mas por favor Deus, não tire ela de mim.

Meu ponto fraco é a perda do amor.

Do amor nasce a vida. Sem ele não há vida.

Sem o amor entro no nada. Mas não vou chorando, vou para o nada mesmo.

Se em mim reinar o nada, tudo deverá ser nada.

Sou forte! Mas por favor Deus, não tire ela de mim.

Plínio Platus
Enviado por Plínio Platus em 10/02/2008
Reeditado em 10/03/2008
Código do texto: T854250