Conquista

Naquela conquista me fiz de artista, me fiz com a mágica das palavras, pintor, mas como todo bom ator eu queria fazer com pincel e guachê que a paz se espalhasse...

Ela estava ali em frente à tela comprada numa loja de conveniências, nua, musa, que por um voto de confiança ou avaliação da verdade descobrira um falso pintor, mas um bom degustador, sim, porque na mesma loja havia vinho tinto e branco. Questionado sobre o qual eu mais gostava, disse que o branco, se saboreado junto ao sal do pescoço e água de cheiro com poucas amêndoas, mas também gostava do tinto, pois seria necessário em pouco, eu, falso pintor, expor uma obra e como não havia construção em frente ao meu prédio ou à vista de uma das janelas, haveria de usar a mesma mágica das palavras para pintar seu corpo e sentir ali o seu gosto...