A bala de goma

É estranho como que por vezes nos ocorrem situações curiosas, mas que nos deixam felizes...

Certa vez, voltando da faculdade, me deparei dentro do ônibus com um desses vendedores ambulantes; esse em particular, vendia algo que sempre gostei: bala de goma, ou para muitos, a popular jujuba.

A minha situação financeira naquele momento era alarmante, mas mesmo assim, desloquei cinqüenta centavos da passagem e comprei duas.

As outras pessoas... algumas olhavam aquele pobre vendedor como se ele fosse a pessoa mais infeliz e sem sorte no mundo, outras, não viam a hora para que ele decesse daquele ônibus e parasse de incomodar o precioso cochilo delas.

Mas percebi o quanto é importante cada pequeno trabalho que cada um de nós, seres capitalistas, fazemos todos os dias dentro da sociedade. Mesmo sendo um ambulante, ele sabe o verdadeiro valor do seu produto em uma situação com aquela. Você vem cansado de um dia cheio,(no meu caso com fome também) e sem ter opção (no meu caso por gostar mesmo de jujuba) compra umas dessas coisinhas para passar o tempo de uma viagem de uma hora e vinte.

Após o ocorrido, passei a pensar e valorizar mais o trabalho dos outros (inclusive o meu também). Pessoas são importantes, serviços são importantes, mas o mais importante disso tudo é como esse serviço é prestado, se ele é bem feito, se tem qualidade, e acima de tudo, se tem humanidade embutida em todo o seu interior social.

Rilan Ancelesti Orn Geacco
Enviado por Rilan Ancelesti Orn Geacco em 14/03/2008
Reeditado em 18/09/2009
Código do texto: T900246
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