Heaven in a wild flower

Foi quando a vi, ao som de um barulho terrível e dançando com alguém que eu suponho fortemente ser apenas um amigo. E tudo voltou. Tudo voltou com a força de um tsunami.

- Olá, você por aqui! Ela disse, surpresa.

Eu não me lembro o que respondi, respondi automaticamente. Sei que ela já havia falado de mim ao amigo que estava com ela. Também fiquei surpreso, mas sem vontade de me engraçar com os dois, fui-me a outro canto.

Mas naquele canto, em qualquer outro canto, o tsunami invadiu completamente todo e qualquer lugar daquela boate. E não mais tirei os olhos daquele vestido florido dançante... Flores selvagens. "To see heaven in a wild flower..." Sim, eu vi o paraíso nas flores selvagens. O que aconteceria? Tinha que falar com ela, era uma boate vazia, só havíamos nós dois e um som confuso, submerso pelas ondas gigantescas.

Depois houve o momento após minha constante observação e a absorção completa de uma piña colada que eu percebi que tudo aquilo não era um tsunami. Era um lago que sempre esteve dentro de mim. Era a chuva que alimentava aquela florzinha selvagem e dançante. Nunca a esqueci, ela olhava pra mim. Mas eu não dançava.

Eu não dançava, ela não bebia. Mas ela era minha água, os 75% de água do qual o corpo é feito. Ela foi embora, após 5 voltas na boate não a encontrei mais. Foi assim que tudo começou novamente...