Sapinho Juca e Libelinha

Sapinho Juca morava num pequeno córrego que atravessava a pequena cidade Vila Mansa, por ali a vida era tranquila. Juca passava o dia apostando corrida com seus irmãos, pulando o brejo, contando estrelas, cantando para a chuva chegar logo. Moravam todos juntinhos, Juca e sua família. Papai Sapo era muito esperto, ele ensinava as crianças a cantar a canção da chuva que limpa os campos e faz assentar a poeira da estrada; o que papai sapo sempre ensinava para os sapinhos era ter afinidades com a energia da água, que todos devem louvar as lágrimas para purificar a alma. Colocando seu coracão em sintonia com o Papai do Céu. Sapinho Juca a princípio não entendia nada de alma ou de purificacão, ele só sabia brincar, pular e nadar, mas toda noite antes de dormir agradecia Papai do céu por mais um dia divertido.

Mudou para o Vilarejo uma nova família, tinha muitas crianças e todas barulhentas, não estavam habituadas a vida nos pequenos vilarejos. As criancas, não demoraram muito para descobri o córrego, muito atrevidas e inquietas descobriram a família do sapinho Juca. A noite voltaram ao córrego e conseguiram segurar papai sapo, Sapinho Juca assustado, coaxou, coaxou, chamando os irmãos. Pobre papai estava todo queimado com o sal que lhe colocaram nas costas. Mamãe muito sábia, foi logo levando-o para a água, e papai sapo esperto utilizou a energia da água. Já estava quase curado.

Na manhã seguinte papai sapo indignado, reuniu toda família e alertou sobre o perigo, todos deveriam permancer na água. Ele contou-lhes uma história triste, sobre sapos que morreram apedrejados por meninos revoltados. Temendo as crianças, papai sapo novamente recomendou cuidado.

As crianças voltaram trazendo uma armadilha, não demorou muito para os curiosos sapinhos, entrarem na caixinha. Papai sapo desesperado, pulou rapidamente na caixa para tirar seus filhotes, mas era tarde demais, as criancas fecharam a caixa, levando-os para outro lugar. Juca, o sapinho ficou sozinho, sem entender muito bem o que estava acontecendo, saiu pulando seguindo as criancas.

O Sapinho esperou anoitecer para tentar libertar sua família. Dentro da caixinha os sapinhos coaxando sem parar, faziam tanto barulho que deixaram as crianças assustadas, não conseguiam dormir com aquele coaxar. Os sapinhos cantavam um canto melancólico, chamando chuva, muita chuva... E não demorou para um raio riscar o céu, seguido de um estrondo terrível. As criancas com muito medo, colocaram a caixinha na varanda. E assim, o Sapinho Juca, pode ajudar seus irmãos. Era tanta chuva, eles não conseguiam pular, não podiam nadar, estavam presos naquela varanda.

De repente um som diferente, o que será? Um brilho no céu, e Juca pode ver um dragão voador, fazendo sinal para ele....

continua...