Sapinho Juca e Libelinha (Segunda Parte)

Sapinho Juca, parecia enfeitiçado olhando aquele lindo dragão voador pousar na varanda. Era Libelinha, a libélula mais bonita, doce, corajosa e encantadora que vivia na Vila Mansa. Sapinho Juca perdia-se dentro daquele olhos cor de romã. O irmão deu-lhe um beliscão e mandou-o parar de babar.

Libelinha disse que ouviu eles cantarem, mas estranhou o canto triste e a chuva intensa. Resolveu investigar, sempre corajosa enfrentou a tempestade para socorrer seus amigos.

__ Vamos, vou levá-los para casa.

Levou um por um, voando, desviando dos pingos da chuva, que pareciam facas afiadas.

Por último o sapinho Juca, segurou firme, confiava naquelas asas fortes e na determinacão de Libelinha.

Enquanto voavam o sapinho podia ver as cores do arco-íris refletido nas asas da Libelinha. Seu corpinho vermelho pulsava sua força. Fascinado o sapinho lembrou-se da lenda dos dragões voadores que seu pai muitas vezes lhe contou. Diz a lenda que a libélula foi um dragão, com escamas coloridas similares áquelas nas asas da Libélula. O Dragão era muito sábio, voava pela noite espargindo a luz com seu hálito de fogo. Um coite muito esperto conveceu o dragão a mudar de forma para provar de fato, que possuia poderes mágicos. O Dragão aceitou o desafio e se transformou na forma atual de Libélula, mas ao se transformar, movido pela vaidade, perdeu seus poderes mágicos e nunca mais voltou a ser Dragrão.

Quando o sapinho percebeu já estava

sobrevoando o córrego, ela o trouxera são e salvo para casa. Agradeceu a amiga, um nó na garganta o impedia de dizer tudo que estava sentindo, escondendo os olhos para que ela não percebesse sua emoção.

__Obrigada dragãozinho, você é minha heroína.

Libelinha sem saber o que dizer, ficou alguns segundos em silêncio, e por dentro repetia, como Juca é bonito, adoro sua voz rouca e quando canta me derreto de amor. Ficou corada, com medo que ele lesse seus pensamentos.

Despediu-se, prometendo voltar bem cedinho para brincarem.

continua...