Defeito de audição

Mari tinha um grande problema de audição

Não ouvia besteiras (trad: “conversa jogada fora”)

Tornou-se assim antipática, chata mesmo, entre seu grupo.

Quando suas amigas falavam em shopping, compras e mau dos outros pelas co0stas, seu ouvido não ouvia. Como ela nada entendia, por não ouvir, não dava seqüência nas conversas.

Quando em um barzinho, depois de alguns chopes, o assunto virava "bandalheira”. Meri nada entendia. Mesmo quando aquele que já meio alto, pela bebida, repetia o mesmo assunto a noite inteira. Não era culpa sua, era defeito de nascença.

Meri foi ao médico saber o que acontecia.

Depois de vários exames chegou-se a conclusão que ela possuía um filtro, no ouvido, que não deixava passar asneiras.

Optou-se então pela retirada do filtro e por um tratamento fisioterápico auditivo.

Maravilha das maravilhas. Agora vemos Mari feliz, participando das conversas e brincadeiras.

Como toda história esta também tem uma conclusão:

-Talvez, valha mais uma conversa aparentemente boba (se o for) com amigos do coração, do que achar-se (ou ser) muito inteligente, na solidão.

ps. Será mesmo?

Arnaldo Jose Cesar
Enviado por Arnaldo Jose Cesar em 18/04/2006
Reeditado em 19/04/2006
Código do texto: T141311