O Bêbado

O bêbado, a vitima do álcool, no “estado” que a pessoa chega, e tão desprezado por uma sociedade, que nem sempre vê um bom coração. Foi assim que aconteceu com João, o bêbado.

João era um homem muito rico e diferente, a sua humildade fazia-o ser uma pessoa tão boa. Muitos não conheciam João, nem nunca ouviram falar sobre ele. Mas todos em uma pequena cidade do interior conheciam os bons atos que um homem fazia para aquela cidade.

João além de ser muito bom tinha um problema, sempre viveu sozinho, havia perdido seus pais quando ainda era muito jovem, e por viver em um mundo cercado por ganância, passou a viver nessa cidade. Ali começou a beber para aliviar um pouco as suas mágoas. João costumava a fazer grandes doações à famílias carentes, e à prefeitura da cidade. Mas não se revelava, e era tido como um herói desconhecido.

Toda noite João ia a um bar no centro daquela cidade, onde saía dali muito tarde e muito bêbado. Gritando e cantando ele vinha pelas ruas. As pessoas que moravam ali perto começaram a ficar com muita raiva, mas não falavam nada.

Um dia João gritava muito na rua. Os moradores com muita raiva saíram de suas casas e começaram a bater naquele bêbado que atrapalhava o sono de todos. Além de ser uma pequena cidade, ás pessoas mal sabiam quem era o bêbado.

As pessoas bateram naquele homem até ele ficar sem força nenhuma e cair no chão. No outro dia o bêbado ainda estava ali. Um homem que ia passando pela rua, o encontrou e levou-o para um hospital ali perto. Mas o homem não resistiu e morreu.

A polícia procurou a casa daquele homem para saber quem ele era. Lá encontrou os comprovantes das doações realizadas e em uma gaveta ao lado da cama um testamento deixando todo o seu dinheiro para a cidade, do lado do testamento estava uma carta que dizia: “Deixo todo o meu dinheiro a essa cidade por retribuição á paz que encontrei aqui. Nunca ninguém me perturbou quando embriagado eu vinha á noite. Ninguém sabe o quanto eu sofro pela minha solidão, mas parecem me apoiar. É o mínimo que eu posso fazer em agradecimento”. A carta foi lida para a cidade, deixando uma mensagem profunda no coração de cada um.

Rômulo Mendes
Enviado por Rômulo Mendes em 29/04/2006
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