Rosas Vermelhas (parte I - releitura )

Célia ficou surpresa ao encontrar um buquê de rosas vermelhas sobre o carro, no estacionamento do prédio onde mora.

Pegou-o nas mãos, entrou no veículo, sentiu o perfume das flores e sorriu. Sem pressa abriu o cartão para saber de quem era aquele gesto.

Surpreende-se quando vê que fora Rogério quem mandou as flores. No cartão ele se declara apaixonado por ela desde o primeiro dia em que a viu.

Os dois se conheceram num Congresso – ambos atuam profissionalmente na mesma área.

Rogério formou-se em direito aos 22 anos. Casou-se aos 25 e ficou viúvo aos 36 anos. Seus pais sugeriram medicina, mas quando garoto ele já dizia que seria desembargador. Cumpriu o prometido a si mesmo.

Atualmente vive sozinho, mas Célia não sabe muita coisa sobre sua vida pessoal.

Promotora há 9 anos Célia tem orgulho do trabalho que exerce. A carreira exige viagens constantes. Por isso, costuma dizer não ter tempo para se dedicar a vida amorosa. Mas o que ela sente mesmo é receio de se envolver seriamente com alguém, mas Rogério não sabe disso.

A moça lê o cartão mais de três vezes...

(Mulher é assim gosta de convencer a si mesma que o gesto é real).

Observou que ele deixou um número de telefone. Quis ligar imediatamente, mas o cérebro centrado logo lhe freou a vontade e ela não ligou.

O rapaz do outro lado da cidade imagina – será que Célia recebeu as flores?

Ele não sabe que o porteiro do prédio, colaborou com o seu próprio romantismo, deixando as flores sobre o carro de Célia.

O dia passa rápido e ambos voltam para suas casas.

Ao entrar no prédio o porteiro cumprimenta Célia com um sorriso.

Imagina: - o que será que ela achou das flores sobre seu carro?

Em sua casa Rogério espera por sua ligação.

O telefone toca... Mas é na casa de Célia.

É Rogério – ele não agüenta e liga para ela...

(Homem quando quer mesmo não teme quebrar as próprias regras).

Conversam por quase uma hora ao telefone.

Vocês querem saber o conteúdo do papo?

Aguardem... Em breve eu conto.

[Este conto contém três partes, foi escrito em 13/7/2007]

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 20/03/2009
Reeditado em 20/03/2009
Código do texto: T1496207