AO LOBO MAU DA ITÁLIA

(Terceiro capítulo)


Republicação dedicada ao poeta Edson Gonçalves Ferreira.



E ditas essa palavras, o lobo abaixou a cauda imensa e as grandes orelhas.
E com um inclinar de cabeça, mostrou que aceitava tudo o que San Francisco havia dito, como a prometer observar suas vontades.

Então San Francisco disse:

_Irmão lobo, porque te agradas em fazer e ter esta atitude de paz, eu te prometo que farei com que as pessoas assumam a tua subsistência.

Enquanto tu viveres, os homens desta terra não te deixarão passar fome. Estou consciente de que foi pela fome que tu fizestes tanto mal.

Mas porque te concedo esta graça, eu quero, irmão lobo, que tu me prometas que não ferirás mais a nenhuma pessoa ou animal. Prometes-me isto?

E o lobo, inclinando a cabeça fez um claro sinal de que prometia. E San Francisco lhe disse:

_Irmão lobo, eu quero que tu faças uma aliança comigo desta promessa, para que eu possa confiar em ti.

Os camponeses viram San Francisco estender a mão ao lobo para o cumprimento daquela aliança, então o lobo levantou a pata direita e a colocou sobre a mão de Francisco. E foi assim firmada a aliança entre o santo e o lobo.

Então Francisco falou:

_Irmão lobo, eu te ordeno no nome de Jesus Cristo, que tu venhas agora comigo, sem duvidar de nada. Vamos assinar esta paz, em nome de Deus.

E o lobo obediente o acompanhou como um cordeiro manso.

A vila e os cidadãos viram maravilhados a entrada de Francisco e do terrível lobo, na praça. Todos vieram ver a grande novidade. Logo toda a terra ficou sabendo do acontecido.

Homens e mulheres, grandes e pequenos, jovens e velhos, venham à praça ver o lobo com Francisco, o monge de Assis! Gritava o arauto.

E San Francisco orou e ouviu as orações do povo. E pediu-lhes que perdoassem o lobo, pois afinal todos pecam neste mundo. E lhes disse:


Continua...


(Hull de La Fuente)
Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 30/03/2009
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